Trabalhadores das indústrias químicas terão 10% de reajuste

Os mais de 3 mil trabalhadores das indústrias químicas de Içara, Criciúma e região terão os salários reajustados em 10%. A medida é retroativa a 1 de agosto e as diferenças salariais deverão ser incluídas já na próxima folha de pagamentos. A decisão integra a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) definida entre os sindicatos de trabalhadores e empresários na manhã desta segunda-feira, dia 25. O piso salarial da categoria passará a partir de agora a R$ 1.648,90.

“A inflação do período negociado, de agosto de 2020 até 31 de julho de 2021, medida pelo INPC foi de 9,85% e, além de um ganho real de 0,15%, renovamos todas as cláusulas da convenção que vigorou até 31 de julho passado, incluindo direitos históricos conquistados como adicional noturno de 35%, muito além dos 20% previstos na CLT”, explica o presidente do Sindicato dos trabalhadores, Carlos de Cordes, o Dé.

O reajuste se aplica a todos os salários da categoria, inclusive, aos programas de participação de lucros e resultados (PPR/PLR) das empresas. As que têm até 30 empregados devem pagar PPR/PLR de R$ 762,91 e as com 31 trabalhadores ou mais, de R$ 1.181,84. Como é tradição do setor, a quitação destes valores deve se dar entre 1 de janeiro a 30 de junho de 2022. Por decisão da categoria em assembleias, do valor do PPR/PLR de cada trabalhador será deduzido 1% como taxa administrativa em favor do sindicato laboral.

“A indústria química de Criciúma e região vive um bom momento econômico, com produção sendo retomada na íntegra após os efeitos da pandemia, mas a classe patronal se queixa muito dos valores dos derivados do petróleo e a redução da margem de lucro, por isso avaliamos como positiva a negociação, garantindo a reposição salarial com um aumento real, mesmo que reduzido, e renovando toda a convenção coletiva”, finaliza Carlos.