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Economia | 29/10/2010 | 11:19

Trabalhadores de cartórios negociam dissídio

Maristela Benedet - maristela.benedet@canalicara.com

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A carta sindical concedida pelo Ministério do Trabalho chegou em setembro. E, o Sindicato dos Trabalhadores dos Cartórios da Região Sul - abrangência de Imbituba a Passo de Torres, com 23 municípios – inicia a primeira negociação coletiva. São cerca de 600 trabalhadores, distribuídos em 92 cartórios de Paz, Registro Civil, Registro de Imóveis e Tabelionato de Notas.

Segundo Erivaldo Marcelino, presidente sindical, entre 32 cláusulas, a categoria reivindica 10% de aumento, além de 50% de adicional nas horas extras, garantia de emprego pré-aposentadoria e plano de saúde. “Eles estão relutantes em criar uma data-base e querem pagar o piso mínimo de R$ 512 que seria o menor do estado”, explica. Uma nova reunião com o Sindicato Patronal será realizada no próximo dia 12, em Florianópolis.

Ainda conforme Erivaldo, os patrões alegam que os cartórios menores não terão como pagar um piso maior. Por isso, o sindicato apresentou uma contraproposta com pisos diferenciados. Para cartórios com até cinco trabalhadores, o piso seria de R$ 900. No caso dos cartórios com seis a 10 funcionários, este valor subiria para R$ 1,1 mil. E, acima de 10 pessoas, o piso passaria para R$ 1,3 mil.

“Os cartórios são isentos de impostos e podem pagar um salário digno para os seus funcionários”, avalia o presidente. Uma outra questão é a atual exigência de pessoas formadas ou cursando a faculdade de Direito para contratação. “Nunca foi preciso de formação específica para atuar nos cartórios e estamos questionando essa exigência”. Atualmente a base de referência para reajuste anual em Criciúma é o piso do Sindicato dos Comerciários.