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Economia | 15/03/2022 | 12:12

Trabalhadores do setor plástico montam pauta de negociação

Sindicato que representa a categoria promoverá assembleias nas portas das fábricas a partir desta quarta-feira

Andreia Limas - andreia.limas@canalicara.com

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Os trabalhadores do setor plástico na região iniciarão nesta quarta-feira, dia 16, a composição da pauta de negociação a ser levada às empresas. Além dos encontros nas portas das fábricas nas trocas de turno nos próximos dias, estão previstas assembleias para o dia 23, na sede do sindicato que representa a categoria, com transmissão pela internet.

O modelo implantado durante a pandemia para ouvir os trabalhadores foi mantido, devido ao alcance conseguido, segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Plásticas, Químicas e Farmacêuticas de Criciúma e Região, Carlos de Cordes, o Dé.

“Com a pandemia fomos reaprendendo a fazer assembleias de negociação coletiva. No ano passado foram muito importantes, avaliamos positivamente e por isso vamos repetir este ano. Pedimos que a categoria se mobilize, para que possamos fazer uma grande negociação”, afirma o sindicalista, emendando que empresas de Içara receberão as assembleias já no primeiro dia de mobilização.

Posicionamento

A diretoria do sindicato já tirou um posicionamento a ser levado à categoria, mantendo as conquistas e tentando ampliá-las. “Para que haja a reposição salarial e aumento real sobre os salários e o abono (participação nos lucros), além da manutenção de outras cláusulas da convenção coletiva. Mas são as assembleias que vão definir”, reforça Dé.

“Será um ano difícil para ter aumento real e melhorar as condições de trabalho e precisamos que todos se unam nessa campanha salarial”, avalia, acrescentando que acredita pelo menos na reposição da inflação do período. Até fevereiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulou alta de 10,80% nos últimos 12 meses.

Na região Sul do Estado, o setor emprega cerca de 8 mil funcionários, que têm data-base em 1 de abril. O abono fixado na atual convenção é de R$ 1.011,47 e o piso salarial, de R$ 1.663. O rol de reivindicações deve ser apresentado às empresas até 31 de março.