Economia | 24/07/2014 | 07:27
TransGas procura área de 100 hectares
Especial de Andréia Limas, do Jornal da Manhã
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O projeto de instalação de uma fábrica de fertilizantes a partir do carvão no Sul de Santa Catarina ainda não tem definida a cidade que receberá a planta. Afinal, as negociações e avaliações de terrenos continuam. Mas, devido à localização próxima à BR-101 e com ligação ferroviária até o porto de Imbituba, além da reserva do mineral disponível, a candidatura de Içara ganha força nesta disputa.
“Temos uma grande jazimento entre Maracajá, Criciúma e Içara e a decisão da empresa virá de acordo com a viabilidade da área, mas provavelmente a fábrica irá para Içara”, aponta o deputado estadual Valmir Comin (PP), que integra o grupo de lideranças políticas do Estado envolvidas na negociação com a TransGas Development Systems. Segundo ele, a multinacional já busca subsídios para a aquisição do jazimento.
“Uma das áreas prospectadas pertence à Carbonífera Nova Próspera, que fica entre Criciúma e Içara, mas acredito que a maior parte do carvão está em território içarense. Independente do local de instalação, é um projeto que trará reflexos positivos a toda a região Sul”, diz. A TransGas procura uma área de 100 hectares para se estabelecer e projeta um investimento inicial de US$ 2,7 bilhões para implantação da planta para 6 mil toneladas/dia de fertilizantes.
Posteriormente, o carvão poderá ser usado também na produção de gás e outros subprodutos. “A construção da fábrica em Santa Catarina deverá se transformar em benefício para toda a sociedade. O projeto será importante para a geração de emprego e renda, sem falar no desenvolvimento tecnológico com o aproveitamento do carvão”, enfatiza o governador Raimundo Colombo. “O próximo passo será tirar amostras de carvão e mandar para análise na Alemanha”, explica o presidente da Associação Brasileira do Carvão Mineral (ABCM), Fernando Zancan.
“Qualquer prefeito com uma visão mais ampla vai querer um projeto desse tipo. É preciso pensar bem, para não perder um empreendimento de porte, o que no futuro pode gerar um grande arrependimento”, pondera Fernando. “A ideia é debater a questão com as lideranças e iniciamos pelos prefeitos e vice-prefeitos, mas pretendemos ouvir também os integrantes do Comitê da Bacia do Rio Urussanga, vereadores, empresários, sindicatos e outras entidades. Apresentei o projeto e eles consideraram muito interessante, mas recomendaram algumas iniciativas para me inteirar sobre o funcionamento da fábrica, para que não seja nada enganoso”, justifica o prefeito Murialdo Gastaldon.