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Economia | 15/05/2015 | 09:37

Uma profissão pra lá de inusitada

Especial do Jornal Gazeta

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Parece uma profissão inusitada maquiar defuntos. Mas para Rosani Martins da Silva isto já faz parte do cotidiano há quase sete anos, os últimos quatro em Içara. Ela conta que a maioria das pessoas se assusta ao saberem o que faz e até mesmo fazem piadas. “Muitas dizem: ´Credo! Deus me livre´ ou ´Eu não tenho coragem de fazer isso. Como é que você consegue?´”, relata.

“A gente não sabe se o espírito vai ou vem. Só que a partir do momento em que a pessoa faleceu, a gente procura sempre tratar com maior carinho”, aponta. “A partir do momento que pegamos a pessoa no hospital, em casa ou em qualquer outro local, a gente leva ao laboratório, damos banho, colocamos a roupa e até mesmo perfume”, explica.

“Sempre pedimos de três a quatro horas para arrumar o óbito. E antes de fechar a urna, o familiar se dirige ao laboratório para ver se está tudo dentro do desejado. Já aconteceu de termos que refazer a maquiagem. Mas isto para mim é tranquilo”, destaca. “Para mim não importa de quem é o funeral, o tratamento sempre será o mesmo”, garante.

Em algumas o trabalho inclui também a restauração facial. “Contamos com produtos próprios para isso. Pegamos a foto da pessoa e tentamos moldar da melhor forma para ficar o máximo possível parecido”, comenta. “Querendo ou não, é a última lembrança que a família terá. É aquela imagem que fica”, finaliza.