Economia | 28/07/2012 | 11:29
Unesc enxuga quadro funcional
Especial de Francieli Oliveira, do Jornal da Manhã
Compartilhar:
Os gestores da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) precisaram tomar medidas drásticas para que a instituição de ensino continue de portas abertas. Após intensa avaliação, chegou-se a conclusão de que a folha de pagamento precisaria ser reduzida em 10%, mesmo percentual de redução com os gastos de manutenção. O resultado foi a demissão de aproximadamente 70 servidores.
O reitor da Unesc, Gildo Volpato, explica que a partir da aprovação da Medida Provisória 559/2012 no fim de maio, os gestores da universidade já precisaram pensar em alguma maneira de viabilizar o pagamento do imposto para a Receita Federal. “São R$ 453 mil por mês, e o primeiro pagamento já precisou ser feito em junho. A Receita Federal não espera”, esclarece Volpato. O veto da presidente Dilma Rousseff a algumas emendas da MP dificultou ainda mais a situação das instituições de ensino. “Realizamos uma avaliação profunda, com técnicos de dentro e de fora da universidade, e ficou claro que para salvar a Unesc e evitar um colapso, ao ponto que chegou o colégio Energia, era preciso tomarmos essa atitude”, salienta o reitor. “Para continuar com a história que a Unesc construiu com qualidade de ensino e respeito às mais de 12 mil pessoas que estão ligadas à universidade, era preciso tomar algumas medidas imediatas”, completa
A solução encontrada foi a redução de 10% da folha de pagamento, que segundo Volpato, atinge 80% da renda da instituição de ensino. O número de pessoas dispensadas ainda não foi calculado, mas está próximo de 70. Hoje, a Unesc conta com aproximadamente 1 mil funcionários. Foram dispensados professores já aposentados, mas que continuavam trabalhando, professores horistas e servidores que realizavam trabalhos que poderiam ser divididos entre demais servidores. “Foram utilizados vários critérios”, coloca o reitor.
Outra medida é a redução imediata de 10% dos gastos em manutenção da universidade. “Dói muito no coração, passei por um sofrimento muito grande, mas era preciso fazer com que a universidade continuasse sendo essa referência em educação de qualidade, desempenhando o papel social que sempre fez”, enfatiza o reitor. “Quero pedir para que a sociedade continue nos apoiando. Foi uma decisão tomada com lucidez; a Reitoria pensou muito e espera o apoio da comunidade para continuar sendo essa referência e orgulho do Sul catarinense”, destaca Volpato.
» ESPORTES: Goleada do Tigre fora de casa consolida a liderança
» GERAL: Região Sul conta com duas novas Casas da Cidadania