
Economia | 25/08/2009 | 13:32
À vista, mas sem cartão de crédito
Lucas Lemos com infomações da Maristela Benedet (Assessoria)
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De forma lenta, mas progressiva, o dinheiro eletrônico está sendo abolido nos balcões das lojas de Içara. Não por causa do consumidor, mas devido às desvantagens que os empresários possuem. Vender através de cartões de crédito gera custos para as empresas. E os valores nem sempre são suportados por lojas de pequeno porte. As despesas do serviço incluem, por exemplo, o aluguel do equipamento e uma linha telefônica para trocar dados.
“São em média 7% de tarifas pagas pelo lojista que poderiam ser repassadas para o cliente como redução dos preços”, observa o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Içara, Jader Ednei de Souza. Porém, o desconto proposto por ele não é autorizado pela legislação atual, pois ao cliente que paga à vista, usar cartão de crédito ou dinheiro é quase a mesma coisa. A diferença está apenas no meio utilizado. Já para os comerciantes, a situação é mais complicada. Isto porque as operadoras liberam o dinheiro apenas 30 dias depois da transação.
O impasse entre as operadoras de crédito e os comerciantes já fez a Federação das CDLs se manifestar. A entidade até pressionou os deputados federais para a aprovação de uma emenda que regulamentasse os preços diferenciados. A tentativa realizada em agosto acabou frustrada.
De acordo com informações publicadas no Jornal do Brasil, a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e a frente parlamentar que lutou pela aprovação da emenda vão agora concentrar esforços na Justiça. O grupo buscará a incorporação da medida pelo Superior Tribunal, como fez os varejistas do Distrito Federal, autorizados a dar desconto ao consumidor que pagar em dinheiro.