Caio Marcelo [Criciúma EC]
Esportes | 19/08/2017 | 02:11
A recorrente dificuldade de vencer no Heriberto Hülse
Erik Borges - erik.borges@canalicara.com
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Há quem diga que a principal dificuldade do Criciúma ao jogar no Heriberto Hülse é o comodismo, a sensação de que a vitória será construída naturalmente. Outros afirmam que o problema está na dificuldade da equipe em propor o jogo (tomar iniciativa) ao adversário.
Pode ser um pouco de cada coisa, ou não. São questionamentos, dúvidas sobre o que de fato acontece nos jogos em casa. O principal motivo está nos próprios atletas e não no nível de dificuldade dos adversários. É a ausência de superação pessoal que desencadeia uma frustração final.
Os jogadores do Criciúma não vão além do esperado e não surpreendem em suas atuações. É tudo muito burocrático, previsível, sempre muito ensaiado, que acaba padronizando demais a movimentação e as ações em campo.
É importante que uma equipe tenha padrão de jogo, características marcantes, além de ter entrosamento. Mas isso não é tudo. Falta mesmo é aquele gás a mais por parte de todos os atletas titulares e reservas que entram no decorrer da partida. Até mesmo o centroavante Lucão sinaliza mudanças de postura.
Onde está o "Lucão do Break", que participa de dividida até com a própria sombra? Cadê a comunicação entre os atletas de ataque com os de meio-campo e a conversa entre os jogadores de defesa? O que parece é que decoraram um manual de procedimento e não conseguem romper o limite com algo novo. Não há ousadia suficiente nem ao menos para arriscar de fora da área.
Os jogadores são, na prática, robôs comandados por Luiz Carlos Winck. Robôs que não foram configurados a lidarem com as adversidades de um jogo de futebol.
O empate em 1x1 com o Oeste/SP, nesta sexta-feira, dia 18, no Estádio Heriberto Hülse mantém o clube catarinense apenas na parte intermediária da tabela. O Criciúma está se comportando como coadjuvante na Série B.
Gol estudado
O gol marcado por Diego Giaretta, de falta, foi o resultado de uma jogada ensaiada, treinada e estudada durante a semana em treinamento de portões fechados. Isso mostra que treinamento levado a sério resulta em bons frutos, mas no do jogo também é preciso se adaptar.