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Esportes | 23/08/2017 | 03:58

Ataque contra defesa e o merecido empate com o líder

Erik Borges - erik.borges@canalicara.com

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Antes de tudo, é necessário admitir: a partida da 22ª rodada, disputada entre Criciúma e América-MG está longe de ser considerada desinteressante e monótona. Além disso, percebe-se que a atuação da equipe criciumense e o resultado geram polêmica. Portanto, é preciso ter muito cuidado ao analisar esse jogo.

Por uma bola
Vamos aos fatos. Fato 1: O Criciúma jogou por uma bola. A proposta de jogar no erro do adversário ficou nítida. Aliás, esse tipo de comportamento é oriundo da filosofia do técnico Winck, que prioriza a eficiência do setor defensivo.

Mesmo priorizando a solidificação do setor defensivo, Luiz Carlos Winck não abriu mão de três peças no ataque: Silvinho, Lucão e Ricardinho. Essa formação tática mostra que havia a ambição de preencher o setor ofensivo com mais efetividade.

O problema é que o América-MG conta com uma equipe extremamente encaixada taticamente, entrosada e veloz, tanto no individual como na troca de passes. O Criciúma foi literalmente empurrado para o campo defensivo. A presença dos atacantes no campo defensivo tornou-se inevitável.

Com inversões de bola impressionantes e finalizações perigosas, o time mineiro pressionou das mais variadas maneiras. Mas o goleiro do Tigre, Luiz teve atuação excelente na noite desta terça-feira, dia 23, na Arena Independência. Protagonista de grandes defesas, o camisa 1 contribuiu diretamente para a manutenção do 0x0 no placar.

Todos correndo por todos
O mecanismo defensivo montado pelo Criciúma não é nada fácil de executar. Para que ele funcione perfeitamente (como ocorreu neste jogo), todos os jogadores precisam dar sua contribuição. É indispensável a participação de todos os atletas na marcação, da mesma forma como o América-MG despendeu de todo o seu poderio ofensivo para manter-se no campo de ataque.

Tentaram furar o bloqueio tricolor com bolas aéreas: sem sucesso. Trocaram passes rápidos na frente da área: sem sucesso. Finalizaram de longa e curta distância: sem sucesso. Rodaram a bola entre as extremidades do campo: sem sucesso. Em todas as tentativas, o time mineiro foi anulado pela marcação e/ou pelo goleiro Luiz.

Transição ineficiente
É possível resumir a partida como “ataque contra defesa”. Mas o Criciúma não permaneceu 90 minutos no campo defensivo, acuado. O Tricolor Sul-catarinense conseguiu empreender jogadas de contra-ataque. Porém, a transição entre a defesa e o ataque esbarrava na ineficiência de meio-campo.

Na ânsia de chegar rapidamente ao gol, os jogadores do Criciúma não mantiveram a calma necessária para surpreender o adversário de modo efetivo. A maior posse de bola foi do time mineiro, porque o Tigre não se organizou. Os famosos “balões” e até mesmo ligações diretas foram constantemente utilizados pelo time.

O ataque criciumense funcionou como uma parede: a bola batia e voltava. Até mesmo o centroavante Lucão chegou a ser sacado do jogo, pois sua função de prender a bola no ataque não foi realizada com sucesso.

De modo geral...
De modo geral, levando em consideração a qualidade do adversário, o Criciúma obteve resultado satisfatório e o esforço coletivo do elenco precisa ser valorizado. Empate com o líder da Série B, fora de casa. Ponto conquistado com muita disciplina tática e concentração defensiva.