Fernando Ribeiro [Criciúma EC]
Esportes | 07/08/2015 | 23:20
Cobrança de pênalti durou uma eternidade
Erik Borges - erik.borges@canalicara.com
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O duelo entre Criciúma e Oeste nesta sexta-feira, dia 7, no Estádio Heriberto Hülse proporcionou uma das mais fortes emoções de 2015 para os torcedores que acompanham o Tigre. A falta de tranquilidade e de maturidade do elenco Tricolor tornou o confronto nervoso. O time carvoeiro se acomodou ao abrir 2x0 no placar, não soube administrar uma vantagem dentro dos próprios domínios, diante de uma torcida que incentiva aos 90 minutos. Com a desvantagem no placar, o Oeste-SP se postou como um franco-atirador, sem nada a perder.
Os dois gols relâmpagos feito pelo Tricolor Sul catarinense se tornaram inimigos quando o time paulista chegava ao ataque com perigo, cara a cara com o goleiro Luiz, beatificado seja. O goleiro foi a atração da noite ao realizar defesas a queima roupa, demonstrando agilidade e concentração. Algo que faltou aos demais jogadores do Criciúma com a vantagem de dois gols no placar. Melhor para o Oeste-SP, que em duas escapadas rápidas buscou o empate.
Humilhante para o time de Petkovic, já consagrado como “Empatekovic”. Empatar fora de casa lutando pelo resultado positivo, ou então igualar o marcador em casa jogando bem é uma situação, mas abrir dois gols de vantagem e deixar o adversário empatar é sinônimo de imaturidade. Imaturidade que pode comprometer toda uma campanha, uma campanha de quem deseja subir para a Série A do Brasileiro. Que isso não se repita, porque dói ver o time com uma vantagem agradável desabar diante de pouco mais de quatro mil torcedores.
Eis que surge um pênalti, uma penalidade máxima, um tiro livre direto dentro da área, chame como quiser. Eis que surge a oportunidade de redenção do plantel tricolor. A responsabilidade de um resultado positivo ou desastroso ficou com Neto Baiano, centroavante experiente, que vive de gols, que sonha em protagonizar cenas como essas durante a carreira. Pois assim aconteceu: o camisa 9 ficou de frente com o goleiro, só os dois.
Na arquibancada, torcedores engasgados, com o coração na mão, ansiosos para liberar o grito de gol, o grito da recuperação no duelo e na tabela de classificação. Não há quem diga o contrário: a trajetória da bola, partindo da marca da cal até balançar as redes, durou uma eternidade. No meio do caminho ainda apareceu uma mão, a do goleiro Jeferson que fez o coração parar por milésimos de segundo.
O chute não foi forte, a cobrança foi mal realizada, mas a bola entrou. Há um ditado que afirma: pênalti bem batido é aquele que entra. Portanto assim foi. Vitória apertada por 3x2 sobre o time de Roberto Cavalo, campeão da Copa do Brasil de 1991 pelo Tigre. O arqueiro do Oeste-SP provavelmente não se conformará tão fácil com a quase defesa.
Por outro lado, Neto Baiano dormirá aliviado, agradecido pelas cobranças de pênalti realizadas em treinamentos que potencializaram as chances de aquela bola ter entrado e o Tigre mostrar que sim, pode brigar na parte de cima da tabela, brigar para voltar à elite do futebol brasileiro, lugar onde muitos cobiçam, mas poucos conquistam.