Constrangimento coletivo no Heriberto Hülse

Nesta tarde de Páscoa, o torcedor do Tigre teve que amargar uma derrota contra o Figueirense, por 2x0, no Estádio Heriberto Hülse. Uma vitória do Criciúma no jogo da quinta rodada do Catarinense colocaria tricolor em briga direta pela ponta de cima da tabela de classificação, colocaria...

Mas o baixo rendimento da equipe foi tão gritante neste domingo, dia 27, que acabou refletindo e interferindo diretamente no placar. Um Criciúma desatento, lento e desorganizado contrastava com um Figueirense tranquilo, leve e oportunista. A equipe da capital veio ciente de que precisava da vitória para manter-se vivo na briga pelo returno.

LATERAIS ATRAPALHADOS – Embora o time todo tenha sua parcela de culpa no resultado da partida, Marlon e Ezequiel atuaram abaixo do radar e demonstraram total incapacidade para administrarem suas respectivas funções nesta partida.

Os laterais tem qualidade, mas não demonstraram isso desta vez. E quando isso ocorre, automaticamente o restante do time se desestrutura. Passes errados, domínios de bola sem sucesso, correria sem objetivo, cruzamentos desajustados, marcação falha, enfim, erros primários que não podiam estar acontecendo nessa altura do campeonato.

CONSTRANGIMENTO GENERALIZADO – A torcida tricolor foi obrigada a assistir um festival de erros do Criciúma e presenciar a festa do adversário no setor dos visitantes. No primeiro turno, quem fez a festa no Scarpelli foram os torcedores do Criciúma, mas hoje os florianopolitanos deram o troco justamente com o mesmo placar.

Logo após o segundo gol do Figueira, o clima de constrangimento coletivo foi explícito. Todos atônitos sem saber o que dizer e como agir. Foi aquela expressão famosa: “O que é que eu vou dizer lá em casa?”. A goleada (5x0) do Tigre sobre o Inter de Lages havia inflado o ego e a confiança de jogadores e torcida. Porém, como o Campeonato Catarinense é uma competição curta, cada jogo torna-se essencial e cada resultado pode ser vital para o sucesso ou fracasso.