Caio Marcelo [Criciúma EC]
Esportes | 30/03/2017 | 01:12
Criciúma é prejudicado pela arbitragem
Erik Borges - erik.borges@canalicara.com
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Éder Alexandre. Este é o nome do auxiliar de arbitragem que mudou a história do Criciúma no Campeonato Catarinense. É chato ter que começar uma crônica esportiva falando de injustiça. O Criciúma Esporte Clube foi explicitamente prejudicado pela arbitragem no Campeonato Catarinense de 2017.
É óbvio que ninguém sai de casa (teoricamente) para prejudicar time A ou B. É fato que o ser humano falha, comete erros involuntários por diversos motivos: despreparo físico, ilusão de óptica, posicionamento equivocado, visão desprivilegiada e etc. Mas os erros de arbitragem no país estão em nível elevadíssimos.
O Tigre praticamente dá adeus ao estadual, única e exclusivamente por causa de um erro grotesco do bandeirinha Éder Alexandre. O Criciúma empata em 0x0 com o Figueirense por incompetência da arbitragem. Profissional que demonstra incompetência no exercício da profissão.
S.O.S tecnologia
O futebol clama por socorro. O futebol precisa ter pessoas minimamente inteligentes a frente da Fifa, que é a entidade máxima do futebol mundial. Não é possível que em 2017, com o aparato tecnológico que existe à disposição do ser humano, o futebol continue desprezando o auxílio de tecnologia nos jogos.
Praticamente todos os esportes já foram atualizados. O vôlei tem auxílio tecnológico, o tênis também, assim como o atletismo, a natação e etc. É desesperador ser um amante do futebol e saber que esse esporte parou no tempo.
Gastam bilhões em modernização de estádios, investem bilhões em publicidade e campanhas de marketing, inventam cerimônias de entrada em campo, mas esquecem (ou fingem esquecer) que a ajuda de câmeras e demais sistemas tecnológicos devem ser utilizados, no objetivo de conferir os lances-chave de uma partida. Para não gastar 30 segundos na averiguação de um lance capital, a Fifa acaba comprometendo 90 minutos em jogos oficiais do mundo todo.
O jogo
O Criciúma fez o gol com Jheimy, gol legítimo, porém anulado. Após isso, continuou a pressionar e mandou bola na trave, assustou em jogadas aéreas, se impôs e deixou o Figueirense todo no campo defensivo.
O sistema defensivo do Tigre foi competente, soube auxiliar os demais setores de meio campo e laterais, além de contribuir com a estatura nas cabeçadas ofensivas.
Os laterais souberam se desvencilhar dos adversários com facilidade, mas os cruzamentos não surtiram efeito. A zaga do Figueirense foi excelente na interceptação aérea.
Troca inapropriada de passes
A troca de passes implantada pelo técnico Deivid continua a irritar. Não foi o modelo de jogo ideal para esse tipo de partida (decisiva). Tanto que o Jheimy conseguiu balanças as redes no momento em que o Criciúma partiu para o “abafa”.
A intenção do técnico tricolor é fazer o adversário cansar, mas esquece que o jogo tem apenas 90 minutos e, a partir do momento em que a bola demora a entrar, o desespero é inevitável, principalmente no jogo em que a vitória é o único resultado satisfatório ao Tigre.
Chances matemáticas
As chances matemáticas ainda existem. Mas o empate no Estádio Heriberto Hülse deixa o Criciúma em situação delicada no returno do Catarinense. É preciso ser impecável daqui para frente e torcer por tropeços dos adversários que aparecem na ponta de cima da tabela de classificação.