Esportes | 12/06/2014 | 23:43
Enfim, o clima da Copa toma conta do Brasil
Carlos Rauen*
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Não foi fácil para pegar no sono de ontem para hoje. Fui dormir mesmo 1h30. Pensamentos de como vai ser essa Copa não saiam da cabeça. Quando acordei logo liguei a TV. Assisti um pouco de ESPN, pulei pro Redação Sportv e quando passou as capas de todos os jornais do mundo focados no Brasil é que caiu a ficha: A Copa começa hoje. Ao sair nas ruas era incrível. Tudo lembrava a nossa seleção.
O amarelo, azul e o branco do nosso uniforme nos carros, casas, lojas e nas pessoas. Um clima muito bacana e diferente. A tarde, antes do jogo começar, foi hora de dar uma relaxada, jogar um videogame. Futebol, claro. Um empate e uma derrota (mau presságio? Ainda bem que não!)
Logo de manhã abri o jornal para me ver estampado em uma das páginas. Vou ver a Copa. Isso me fez passar de entrevistado para entrevistador. Deu no Canal Içara, no Programa Salada Mista da Rádio Satc e também no Jornal Gazeta. Confesso, é diferente essa inversão de papéis. Somos preparados para fazer perguntas, não para responder. Espero ter muito mais histórias ao voltar de Fortaleza. Vale conferir desde já o material que colaborei pela faculdade. Um histórico das Copas do Mundo na voz de João Nassif [acesse].
Na hora do jogo fui ao BBBowling – trabalhar é claro. Ao ver a cerimônia de abertura, ao ver fotos de amigos no Itaquerão deu até uma inveja (das boas). Eu queria estar lá! Mas o clima criado em assistir uma Copa com dezenas de outros brasileiros que também queriam estar em São Paulo foi sensacional. Uma festa completa.
Entrevista daqui, entrevista dali, o placar do público se repetia: 2x0! A maioria das pessoas apostava em Neymar e Fred como os autores dos gols. Um senhor relembrou os tempos de Felipão no Tigre. “Ele aprendeu tudo aqui. O Felipão é um técnico desses porque passou por aqui! Vai trazer esse hexa pra gente”, opinou após alguns copos de cerveja.
Quando a bola rolou o mundo todo viu o Marcelo fazer o primeiro gol da Copa. Foi contra. Graças a Deus que temos Neymar. Virada com um pênalti prá lá de polêmico e um terceiro gol para coroar a partida de Oscar. No fim o que valeu mesmo foi o sorriso na cara dos brasileiros. Tem gente que não gostou muito. Como o taxista que fui conversando no trajeto de volta para casa. “Isso aí foi só um treino! Temos que melhorar muito. Com esse time aí, vamos passar muito trabalho”, falava.
Se vamos passar trabalho, o tempo vai dizer. Mas foi bom não ganhar com facilidade. Afinal, 2002 vencemos também com pênalti roubado e o resultado final todos nós sabemos. Amanhã é dia de arrumar as malas. Sábado tem viagem ao Paraná para assistir de dentro de um estádio um jogo de Copa do Mundo.