Esportes | 04/01/2013 | 14:47
Família de Helton Leite brilha no esporte
Carlos Rauen - carlos.rauen@canalicara.com
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A linhagem do goleiro Helton Leite, ex-Ipatinga, não se limita apenas ao pai João Leite que foi o jogador que mais vestiu a camisa do Atlético Mineiro. A mãe do novo reforço do Criciúma, Eliana Aleixo foi capitã da Seleção Brasileira de vôlei nas Olimpíadas de Moscou em 1980. A irmã Daniela integrou a Seleção Brasileira de Ginástica Rítmica nas Olimpíadas de Pequim em 2008, e Débora, a mais velha, é atleta profissional de vôlei.
Curiosamente, Helton não começou no futebol. O primeiro esporte do goleiro foi justamente o da mãe. Atuou na base do Minas Tênis Clube e por lá foi onde ganhou impulsão. O sonho de jogar futebol falou mais alto, e Helton decidiu trilhar os passos do pai. O Canal Içara conversou com o ex-goleiro João Leite para saber a história do novo goleiro do Tigre. O pai adimite: “Aqui pressão é o que não falta”.
Primeiro gostaria que você falasse um pouco do futebol do seu filho, quais as principais características dele e o que a torcida do Criciúma pode esperar do Helton?
João Leite: O Helton é um atleta muito dedicado e determinado no alvo de ser um bom profissional.Tem características físicas que podem ajudá-lo muito na posição. Ele tem 1,96m o que é muito bom para um goleiro. Aspectos técnicos o ajudam também. Como a Eliana Aleixo, minha esposa e mãe do Helton, foi atleta olímpica de vôlei, o Helton iniciou no Vôlei no Minas Tênis Clube. O vôlei é uma boa iniciação para o goleiro, que adquire um bom tempo de bola para as saídas de gol que sempre é uma jogada de grande dificuldade para os goleiros. Ele estava indo bem por lá,mas tinha o sonho de jogar futebol. Por influência do Balthazar que foi jogador do Grêmio e nosso irmão na Associação Atletas de Cristo, a maior parte da base dele foi no Grêmio, onde ficou por três anos.O Criciúma pode esperar um atleta comprometido, bom de grupo e com muito potencial para ser um grande goleiro.
Você foi ídolo no Galo e tem uma bela história no futebol brasileiro. Você acha que é uma pressão a mais para o Helton, já que quando ele chega em algum clube é lembrado como Helton Leite, o filho do João Leite. Isso atrapalha ou ajuda?
Eu sinto que o Helton está preparado pra isto. Ele lida bem com a pressão e ela existe. Acho que pra mim é até mais difícil. Mas sentimos que ele quer muito e vai vencendo as pressões próprias do esporte. Aqui em casa temos a Daniela, irmã do Helton, que foi atleta olímpica em Pequim pela seleção de ginástica rítmica e Débora, a mais velha, no vôlei. Aqui pressão é o que não falta.
Você costuma conversar com ele, dar dicas da posição?
Conversamos sempre. E não sou só eu. A mãe e as irmãs também. Como aqui todo mundo "jogou", todo mundo dá palpite.
E como você ficou sabendo que ele viria para o Criciúma, gostou do novo clube dele?
Quando surgiu o convite do Criciúma eu procurei informações com amigos do futebol e fiquei impressionado com as referencias e da seriedade e organização do clube. Todos que estão no futebol falam muito bem do presidente Antenor Angeloni, do Rodrigo Pastana (gerente de futebol),do Comelli (treinador) e do Bira (treinador de goleiros).Fiquei muito feliz e tranquilo.
Acha que ele tem potencial para marcar história no futebol como você fez e até chegar a uma Seleção Brasileira?
A ida para o Criciúma vai ajudá-lo muito. Ele vem de uma experiência difícil. Muito novo e teve que entrar numa fogueira no Ipatinga que vinha na Série B de 13 derrotas seguidas. Ele foi lançado já na metade do campeonato com 4 pontos e ainda se saiu muito bem.O Ipatinga terminou a Série B com cinco meses de salários atrasados e o Helton suportou toda esta pressão mesmo com 21 anos. Agora no Criciúma com tanta organização e estrutura o Helton tem tudo para desenvolver.