Moedas olímpicas viram febre de coleção

Numismata. Este é o nome dado à pessoa que requer conhecimento histórico, artístico e econômico sobre o estudo de moedas. Numismática é uma ciência. Nesse meio há colecionadores de moedas das mais variadas nacionalidades e datas históricas.

Mas o que chama atenção atualmente são os colecionadores de moedas olímpicas. O cobrador de ônibus, Dener Dos Santos Gonçalves tem 256 moedas dos Jogos Olímpicos. “Tudo começou em uma brincadeira com o outro cobrador. Ele começou a colecionar e também me interessei. Sempre quando vejo uma já guardo. Mas está cada vez mais difícil encontrá-las”, conta.

Faltam dois modelos para completar a coleção de Dener, que está em sua primeira experiência como colecionador de moedas. O preço das moedas olímpicas indicado pela Casa da Moeda é de R$ 13.

Valorizar e recordar o evento

“O fato de a Olimpíada Rio 2016 ser um evento extraordinário pode ter impulsionado pessoas a colecionarem essas moedas. Eu mesmo comecei a juntar as moedas por causa da minha filha. Pois sei que raramente ela irá ver uma Olimpíada no nosso pais”, declara a gestora financeira, Daniela Nataly Prim.

O Banco Central lançou 36 modelos. Existem as moedas de ouro, prata e aço (de circulação comum). As de aço de R$ 1 são constituídas com 16 modelos: atletismo, atletismo paraolímpico, basquete, boxe, futebol, golfe, judô, natação, natação paraolímpica, paracanoagem, paratriatlo, rugby, vela, vôlei, mascote paralímpico Tom e mascote olímpico Vinicius.

“A grande parte dos numismatas colecionam pelo dinheiro valer mais do que está impresso na cédula ou gravado na moeda. Como brincávamos na faculdade: fazer o dinheiro gerar mais dinheiro. E com as moedas das Olimpíadas, muitos começaram a colecionar pelo evento e, de certa forma, afeto”, pontua Daniela

“Fiquei sabendo que essas moedas poderiam valorizar no futuro. Não pretendo me desfazer delas em curto prazo”, declara a auxiliar de escritório, Rafaela Amorim, que conta com oito moedas olímpicas.


Colecionadores experientes

O professor Giovani Cascaes é um colecionador mais experiente. Está no ramo há cinco anos. Coleciona moedas estrangeiras e nacionais. “As minhas prediletas são as de Quarter Dollar (moeda americana)”, declara.

Giovani também coleciona as moedas olímpicas. “É uma das melhores coleções de acesso popular já produzidas no Brasil. Na copa também foi lançado, porém só para colecionadores dispostos a pagar um boa quantia pelas moedas”, conclui.

No caso do vendedor externo, João da Silva (popular Tita), a coleção iniciou com 14 anos de idade. Todas as moedas e cédulas são catalogadas por época e armazenadas separadamente. “Coleciono há 30 anos. Todas elas eu guardei ou ganhei. Elas não foram compradas”, revela João.

A Casa da Moeda disponibiliza o site (www.clubedamoeda.com.br) para colecionadores que pretendem comprar moedas comemorativas de ouro, prata ou aço.