Caio Marcelo [Criciúma EC]
Esportes | 28/04/2016 | 23:45
Não há como justificar tamanha decepção
Erik Borges - erik.borges@canalicara.com
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Todo ano é a mesma coisa: inicia-se um sonho pelo bicampeonato, mas logo este sonho cai por terra. Foi assim contra o Grêmio (2015), Londrina (2014), Salgueiro (2013), Atlético-PR (2012), enfim, cada ano que passa é uma história melancólica na Copa do Brasil.
Quando não cai na primeira fase, perde nos pênaltis em jogo com atuação superior durante o tempo normal. Ou então, faz um bom jogo fora de casa e decepciona no Heriberto Hülse. Neste ano deu-se um adeus precoce à copa que tanto orgulha a região Sul de Santa Catarina de forma injustificável.
AFINAL, QUEM É O OPERÁRIO-PR?
A pergunta que fica é: como o Criciúma não conseguiu superar um dos clubes rebaixados à segunda divisão do Campeonato Paranaense? Embora o Operário-PR tenha conquistado o título estadual em 2015, entrou em decadência e apresentou-se em 2016 de maneira frustrante.
Então por que o Tigre teve tanta dificuldade em eliminar o modesto Operário? R: Porque igualou-se ao adversário: apequenou-se perante sua própria torcida, em seu próprio estádio, amedrontou-se durante os 180 minutos da primeira fase da competição nacional.
DE ONDE VEM TANTA TRAPALHADA?
O primeiro jogo foi desprezível. Um Criciúma desastroso que ainda conseguiu achar um gol fora de casa e chegar à partida de volta com chances reais de reversão no placar. Mas de nada adiantou:
O elenco tricolor, que havia vencido a enfraquecida Chapecoense na última rodada do Catarinense, deu sinais de que iria se impor tecnicamente na importantíssima Copa do Brasil e, quem sabe, retomar a esperança do torcedor de obtenção da almejada taça de campeão.
Porém, percebeu-se um Criciúma nervoso, preocupado em fazer 1 a 0 e segurar o regulamento debaixo do braço, na esperança de que o relógio passasse o mais rápido possível. Logo aos nove minutos, Elvis abre o placar e coloca o Tigre temporariamente na segunda fase da competição.
A partir daí, o Criciúma tanto ofereceu como recebeu perigo de gol. Ou seja, o jogo estava em aberto, se oferecendo para ambas as equipes estragarem a noite do adversário. O Operário foi mais receptivo com a concretização de chances fez o gol de empate aos 30’ da segunda etapa.
Fim de papo, fim da linha. O Criciúma está eliminado da Copa do Brasil de 2016. Não há argumento que justifique tamanha decepção: estão fora porque foram inferiores ao adversário no próprio Estádio Heriberto Hülse e ponto.