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Fernando Ribeiro [Criciúma EC]

Esportes | 12/08/2015 | 00:47

Novamente, sorte prevalece ao merecimento

Erik Borges - erik.borges@canalicara.com

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Há quem diga que no esporte não há sorte, mas sim merecimento. Há quem afirme que sem sorte um time não chega a lugar nenhum. Há quem assegure que para ter sorte é preciso fazer por merecer. Há quem garanta que dá para merecer ter sorte. Este não foi o caso do Criciúma na vitória sobre o Paysandu-PA por 1x0 na noite desta terça-feira, dia 11. O duelo no Estádio Heriberto Hülse não proporcionou um espetáculo aos olhos dos torcedores. As duas equipes sem muita criatividade davam a entender que o jogo terminaria empatado.

Porém, novamente surge o inimaginável. Nem o mais otimista dos torcedores poderia acreditar que a mesma cena de quatro dias atrás pudesse se repetir: pênalti no fim do jogo, desta vez aos 45 minutos. Tudo volta. O traumático duelo contra o Oeste-SP mal havia sido digerido, aquela cobrança de Neto Baiano ainda pairava na mente dos mais fanáticos e incrédulos torcedores. Mas futebol prega peças, futebol tem disso.

Na noite da última partida foi dito que Neto Baiano dormiria tranquilo, aliviado por ter convertido a penalidade máxima em gol. Foi dito também que um centroavante sonha em receber oportunidades como essas para obter a consagração de matador. O camisa 9 foi agraciado novamente com um tiro livre direto dentro da área. Último minuto do tempo regulamentar, a bola do jogo novamente passaria pela competência ou incompetência de sua cobrança de pênalti. Desta vez, o goleiro era Ivan. Portanto, Neto Baiano e Ivan, Ivan e Neto Baiano, só os dois.

A torcida temerosa e traumatizada com a última cobrança de pênalti realizada por ele, reviveu as emoções da 17ª rodada ao depositar toda a esperança na ponta da chuteira do atacante. Contra o Oeste-SP, o goleiro Jeferson pulou atrasado na bola, por isso não defendeu o chute fraco. Mas Ivan fez o contrário: escolheu o lado antecipadamente e pulou antes de a bola sair da marca da cal. Desta vez a cobrança foi no cantinho, mas com pouca força. Deu tempo para o goleiro chegar à bola e mandar para escanteio, para a decepção da torcida tricolor.

Mas quando a sorte insiste em estar presente, tudo se torna possível. Em um cruzamento em meia altura, despretensioso, eis que surge a cabeça do atacante adversário na tentativa de desviar a trajetória da bola e afastar o perigo de gol. Desviou para dentro do próprio gol. Gol contra para o delírio da torcida carvoeira. Três pontos na conta do Tigre que fazem parte de uma somatória que pretende terminar entre as quatro melhores da tabela de classificação ao fim do returno. Já são 11 jogos de invencibilidade na Série B do Campeonato Brasileiro, além de duas vitórias consecutivas e a aproximação no G4.

Os sete minutos de acréscimo foram para demonstrar que, mesmo que a sorte esteja presente, a temeridade não deixa de participar dos batimentos cardíacos de cada torcedor. Aos poucos a esperança de acesso à elite do futebol brasileiro se torna mais palpável, cada vez mais real. No início do campeonato, falar em acesso soava como utópico, mas o momento atual é de evolução. A pergunta que fica é a seguinte: Até quando a sorte prevalecerá ao merecimento?