O sonho do hexa vai ficar para a próxima

Mesmo o mais pessimista não preveria o placar desta terça-feira, dia 8. As dúvidas sobre o peso pelo desfalque de Neymar, Thiago Silva e também quanto a qualidade da Alemanha foram respondidas de forma humilhante. Os visitantes passearam no gramado. Logo no primeiro tempo abriram 5x0 no Mineirão e no segundo fecharam em 7x1. Aos canarinhos, resta somente a disputa pela terceira colocação. O duelo acontecerá contra a Argentina ou Holanda em Brasília (DF) no próximo sábado.

Qualquer comparação com a Copa de 1962 ficou inviável com a goleada. Na época, Pelé teve um problema muscular e não pôde participar a partir do terceiro jogo. Entrou então Amarildo. Ele foi decisivo na caminhada ao título e virou exemplo. Desta vez, a vaga da camisa 10 ficou para Bernard. No lugar de Thiago Silva foi colocado Dante. Mas nenhum deles com o mesmo peso. O sonho do hexa vai depender de 2018.

A falha na defesa apareceu evidente com o acesso fácil dos adversários ao gol. Aos 11min Thomas Müller anotou o primeiro tento. Com 23, Klose ampliou. No minuto seguinte Toni Kroos aumentou a diferença e aos 26 acrescentou mais um. Para fechar o primeiro tempo, Khedira também se apresentou no placar. “Com Neymar e Thiago já seria difícil. Sem eles, ficou inviável”, considera o torcedor Lucas Dagostin. Aos 23 e 33 da segunda etapa Schürrle ainda balançou a rede. O gol de honra ficou para Oscar no apagar das luzes.

O mesmo encontro entre brasileiros e alemães já ocorreu em 2002 com 2x0 para a seleção tupiniquim e o consequente pentacampeonato. Além da decisão disputada pelas duas equipes, ambas já chegaram outras quatro vezes na final do Mundial. No entanto, os germânicos tiveram apenas três títulos. Até a Copa do Mundo no Brasil, os dois países já haviam se encontrado ao todo em 21 confrontos. Dentre eles, foram 12 vitórias para o Brasil, cinco empates e quatro derrotas.