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Erik Borges [Canal Içara]

Esportes | 08/07/2015 | 14:30

Os Tigres: apoio durante os 90 minutos

com informações de Erik Borges, do Portal Satc

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Desde o dia 8 de outubro de 2006, a Banda Os Tigres domina a parte de trás de uma das traves do Estádio Heriberto Hülse. As faixas em alusão aos ídolos e frases de amor ao clube foram incentivadores na campanha que levou ao título da Série C do Brasileirão logo no primeiro ano. “A torcida, nesses anos todos, sempre buscou ser o diferencial dentro do Heriberto Hülse e passar a energia das arquibancadas para dentro do campo com a intenção de contagiar os jogadores”, define o responsável pelo setor comercial da barra tricolor, Willian Bonfanti.

Uma barra é composta por torcedores que se posicionam sob os tirantes verticais, na maioria das vezes, atrás do gol nas arquibancadas. Na barra Os Tigres, a organização é dividida em oito departamentos: Comercial, Financeiro, Relações Publicas, Banda, Faixas, Viagens, Marketing/Mídia e Eventos, possuindo, em média, dois responsáveis por cada setor.
“Muitos nos olhavam com um olhar de desprezo como se estivessem dizendo: o que eles estão fazendo? Com o estádio vazio, demos a cara a tapa porque acreditávamos que a torcida iria crescer e evoluir para fazer a diferença”, revela um dos líderes, Thiago Hertel. O que os fundadores não esperavam era o crescimento tão rápido. No Catarinense de 2007 havia em média 10 pessoas na banda. “No final do campeonato já estávamos com um grupo grande e reconhecido pelo clube”, orgulha-se.

“A partir de glórias alcançadas ou derrotas superadas, às vezes, surge uma ideia de um ritmo e o pessoal se junta pra criar a letra”, relata um dos diretores, Marcelo Llanos. Ao longo destes nove anos, todavia, os sinalizadores, extintores, papel picado e bandeirolas precisaram ser excluídos da festa. “É uma pena que os bons torcedores paguem pelos encrenqueiros”, aponta Willian. “Não sei se o motivo é acabar com a magia do futebol, mas é isso que esta acontecendo no Brasil”, lamenta Thiago.

“Não existe uma padronização de uniformes e os cânticos são voltados mais para o clube, assim como as faixas”, detalha Thiago. “Os Tigres mudou muito a cultura de torcer, só que ainda falta muito para chegarmos onde queremos: ver o estádio inteiro inflamado e apoiando sem parar”, projeta. Para fazer parte, basta se localizar atrás do gol e cantar com a banda. Mas somente os torcedores cadastrados são autorizados a ingressar no estádio com instrumentos e faixas. Atualmente, a banda possui cerca de 30 pessoas aptas a fazer isso.