Érik Borges: Fim da linha na Copa do Brasil

É o fim da linha. O Criciúma está eliminado da Copa do Brasil. Caiu de pé, de cabeça erguida. Perdeu para outro grande clube, o Coritiba, no estádio Couto Pereira. Uma eliminação que aconteceu de forma dramática: nos pênaltis. Uma time que foi aguerrido durante os 90 minutos, que esteve ligado no jogo desde o primeiro minuto, quando Marquinhos Gabriel aproveitou descuido da zaga adversária e balançou as redes.

Eliminação de um time bem postado, organizado, que sabe jogar futebol de bom nível. Um time que não se acanha em jogar fora de seus domínios territoriais, que teve domínio das ações de jogo na primeira etapa e que criou grandes chances de gol, mas as desperdiçou. E a bola, ela sempre pune. A bola pune a todos, sem exceção.

As chances desperdiçadas, principalmente as da primeira etapa, culminaram em um placar de 1x0 que se arrastou até aos 40 minutos do segundo tempo, quando Alef Manga, em chute rápido e certeiro, de bate-pronto, balançou o barbante e deixou tudo igual no placar: 1x1.



Fim de jogo no tempo regulamentar, hora de ir aos pênaltis. Lá, nas penalidades máximas, cinco chutes para cada lado, cinco acertos. Na sexta cobrança, Hélder bateu e não converteu. Na cobrança seguinte, Régis bateu e fez. Vitória do Coritiba por 6x5 nas penalidades. Ano que vem tem mais. Em 2023, o sonho de chegar longe na Copa do Brasil acabou.

O que fica de aprendizado? Isso o técnico Claudio Tencati terá que analisar friamente as estatísticas e rever os lances. Mas não vejo erros graves por parte da comissão técnica e nem dos atletas. O Tencati agiu corretamente: tirou peças de ataque e colocou jogadores de defesa para reforçar o sistema, já que o Coritiba se jogou ao ataque com reforço de peças no setor ofensivo.

O gol saiu mais por méritos do Coritiba do que por falhas do Criciúma. São situações de jogo normais que podem acontecer em 90 minutos. Jogo muito bem construído e trabalhado por parte do Criciúma, que apresenta boa organização e capacidade técnica e tática para enfrentar, de igual para igual, grandes clubes de todo o país.

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