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Caio Marcelo [Criciúma EC]

Esportes | 26/03/2017 | 23:54

Vitória dá oxigênio extra ao Criciúma

Erik Borges - erik.borges@canalicara.com

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O Campeonato Catarinense afunila a cada rodada. Todos os clubes já perceberam que não há mais espaço para má fase na competição. Os times que estão preparados precisam mostrar isso a partir de agora, os que não estão preparados terão que esperar pelo estadual do ano que vem.

Três pontos preciosos
A vitória do Criciúma sobre o Inter de Lages, por 1x0, coloca o tricolor Sul-catarinense na briga direta pelo título do returno, junto com os que ainda contam com chances reais: Chapecoense, Joinville, Brusque e Avaí. Embora o desempenho não tenha sido plenamente satisfatório, os três pontos dão oxigênio extra ao Tigre na competição.

Jogo perigoso
Como diria o físico, Albert Einstein: “O tempo é relativo”. Levando em consideração a aflição dos 2,4 mil torcedores do Criciúma, é possível comprovar essa expressão de forma literal, neste domingo, no Estádio Heriberto Hülse.

Foram 90 longos minutos até que o árbitro Célio Amorim erguesse o braço para sinalizar o fim de jogo. Isso porque o Criciúma não soube fazer um jogo consistente. A equipe fez o gol e não adotou a efetividade ofensiva como prioridade na partida.

Falhas e oscilações
O Internacional de Lages não teve a ambição de buscar o empate com ênfase e o Criciúma também não se preocupou em ampliar o placar. Só que essa situação expôs o time exageradamente. É cansativo ter que criticar novamente as saídas de bola da equipe, mas é imprescindível.

O técnico Deivid ainda não reconheceu que trocar passes entre goleiro e zagueiros/laterais pode ser extremamente perigoso. Deivid tentou explicar as lambanças do sistema defensivo nas errôneas saídas de bola, mas não me convenceu.

De acordo com ele, é preciso trocar passes na defesa para que, caso a jogada dê certo, o time acabe por “quebrar linhas” e chegue com mais facilidade ao ataque.

Mas o técnico não conseguiu enxergar o óbvio: qualquer erro ali atrás acaba deixando o adversário frente a frente com o goleiro, ou até mesmo sozinho diante da baliza. Na prática funciona assim: o Deivid tenta ganhar uma peça no tabuleiro, mas abre margem para o xeque-mate.

Além disso, a falta de movimentação no setor ofensivo é intrigante. Jogadores profissionais com dificuldade no posicionamento e na recepção de passes? Não há como admitir.

A intenção de manter a posse de bola é boa, mas é preciso saber como se comportar com a bola nos pés. Ter a posse e não ter objetividade é praticamente inútil.

Mais uma decisão
O próximo desafio é contra o Figueirense, às 19h30 desta quarta-feira, dia 29, no Estádio Heriberto Hülse. Embora o Figueira esteja em má fase, o Tigre precisa ter muito cuidado para não deixar o adversário se impor no jogo. O único resultado que interessa ao Criciúma é a vitória.