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Caio Marcelo [Criciúma EC]

Esportes | 26/02/2017 | 00:08

Vitória do Criciúma não é convincente

Erik Borges - erik.borges@canalicara.com

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Como assim: o time faz cinco gols, vence e não convence?! Mas será possível isso?! Sim, é possível. O Criciúma deste sábado, dia 24, não foi convincente com a vitória por 5x4, contra o Metropolitano. Foi um jogo de fogo cruzado, como se não houvesse amanhã.

Uma partida inconsequente. O Tigre se agarrava na remota esperança de chegar perto do Avaí na tabela de classificação; O metropolitano ficaria feliz com um empate.

Porém, aquela insegurança no setor defensivo de rodadas anteriores manteve-se, inclusive no primeiro minuto de jogo: Barreto entregou e o Metrô abriu o placar no primeiro minuto.

Substitutos presenteados com gols
O gol do Metrô fez com que o Criciúma acordasse. Jogando no Heriberto Hülse, a equipe teve que pressionar durante todo o primeiro tempo. Foram boas jogadas pelas laterais, o setor ofensivo pressionou com qualidade. Vale ressaltar que o Maicon Silva sentiu a coxa direita antes da partida e Ricardinho o substituiu e balançou as redes. No papel de centroavante, Hélio Paraíba substituiu o Jheimy e também fez gol.

As ausências forma bem supridas com os atletas que jogaram. Inclusive o Hélio Paraíba fez mais em um jogo do que o Jheimy nos últimos três. Hélio Paraíba está longe de ser considerado o ideal para vestir a camisa nove tricolor, mas mostrou esforço para brigar pela vaga com o Jheimy.

Bagunçou no segundo tempo
O Tigre se desnorteou defensivamente no segundo tempo, mesmo com o placar favorável. O Metropolitano não apresentou nada de extraordinário para que o jogo se tornasse tão difícil. Uma equipe mediana, com atletas ágeis no setor ofensivo e nada mais.

O Criciúma se complicou sozinho. Falhas infantis, erros bobos, equívocos inadmissíveis para quem busca o título estadual. O Avaí obteve o título de maneira antecipada, mas o Criciúma não pode, em hipótese alguma, deixar de fazer a sua parte. Obteve a virada no placar, mas fica o gosto amargo de ter sofrido quatro gols em casa, diante de uma equipe que havia perdido de 4x0 para a Chapecoense na rodada anterior.

Técnico sem reação
O técnico Deivid passou boa parte do segundo tempo sentado no banco de reservas. Não esboçava reação, parecia desolado, principalmente quando o Criciúma sofreu a virada em 4x3. Mesmo após a reação (5x4), o treinador manteve-se com a mesma postura.

Ele deve ter percebido a bagunça que os jogadores estavam fazendo com esquema tático, posse de bola e entrosamento. Mas, pelas declarações dele em coletivas sempre contundentes, exigindo empenho dos jogadores, comprometimento, etc, acredita-se que a bronca no vestiário tenha sido exemplar.

Bola pra frente
O primeiro turno já tem dono. Resta ao Criciúma ajustar-se um pouco mais para chegar com autoridade ao segundo turno. O Criciúma tem time para ser campeão catarinense, mas precisa de mais atenção aos detalhes.