Política | 20/09/2011 | 20:36
Alesc aprova venda de ações da Casan
Lucas Lemos com informações de Lisandrea Costa (Alesc)
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A Casan poderá vender até 49% da empresa sem a necessidade dos catarinenses aprovarem a transação através de um referendo. Tanto a desobrigação de uma consulta popular quanto a liberdade para a comercialização das ações foram aprovadas nesta terça-feira, dia 20. A votação teve 30 deputados favoráveis e oito contrários.
“Tenho convicção de que, com o voto que nós demos hoje, nós salvamos a Casan”, avaliou o deputado estadual Kennedy Nunes (PP). Outro progressista, Joares Ponticelli afirmou que a empresa “viverá um novo momento a partir da venda das ações, mantendo o controle público, já que a maioria das ações (51%) ficará sob domínio do Estado”.
A opinião, contudo, não é unanime na Assembleia Legislativa. Para que não fosse necessário um referendo, os parlamentares precisaram alterar a constituição do estado. “Se o desejo fosse proteger o patrimônio catarinense não precisariam mexer na Constituição do Estado. Não há outro nome para definir o que está acontecendo aqui que não seja privatização", criticou, por exemplo, Ângela Albino (PCdoB).
“Na Constituição vigente até o dia de hoje não existe proibição de privatizar a Casan e a Celesc, o que está escrito é que a sociedade deve ser consultada. A Assembleia está retirando do povo catarinense esse direito de opinar. Existe o receio de que a maioria da população possa pensar diferente da maioria dos deputados”, também manitestou Amauri Soares (PDT). A preocupação é também com a perda da autonomia nos investimentos. Isto já ocorre com a SC-Gás.