Política | 04/12/2013 | 12:07
Câmara Municipal poderá absorver Acirton
Especial do Jornal Gazeta
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Segue para Florianópolis nesta quarta-feira junto dos advogados, o ex-vereador e ex-secretário de Indústria, Comércio e Turismo, Acirton Costa (PMDB). Ele irá recorrer da sentença do juiz de Içara, Fernando Dal Bó Martins, que condenou os cinco réus denunciados no processo de improbidade administrativa movido em decorrência ao Escândalo das Cédulas. Costa pediu exoneração da pasta na Prefeitura de Içara no último domingo e, segundo ele, essa foi uma decisão própria.
“Tenho que deixar o prefeito livre e se eu permanecesse na secretaria ele estaria em uma situação desconfortável. Uma vez que um outro secretário também foi exonerado após se envolver em um processo judicial”, aponta.
Costa, no entanto, não descarta a possibilidade de assumir outro cargo na Administração e diz que conversas já estão sendo realizadas. Existem três opções. Uma delas seria no Legislativo. “Existe sim a possibilidade de eu continuar na administração. Possivelmente eu vá para a Câmara de Vereadores. Ainda não foi definido cargo ou função. São conversas”, pontua. Vale lembrar que se dois vereadores pedirem licença na Câmara, Acirton Costa é o próximo suplente a assumir uma cadeira.
Quanto a decisão do juiz, ele diz ter sido pesada, mas garante que está com a consciência tranquila. “Achei que foi exagerada, mas estou muito tranquilo. Decisão judicial não se discute, se cumpre. Por isso irei recorrer. Mas estou confiante porque tenho a certeza de que não marquei cédula nenhuma e não estou envolvido nesse escândalo”, aponta.
Para o presidente do PMDB de Içara, Gentil Dory da Luz, não se pode antever um julgamento já que a decisão foi apresentada apenas em primeira instância. “Só depois de tramitado e julgado deve haver uma condenação. Portanto, não podemos afirmar qual será o futuro na vida pública do Acirton. Mas podemos lembrar que ele já fez muito por Içara, tem sua profissão, é um ótimo profissional e deve buscar seu caminho nesse sentido”, destaca.
Nenhuma reunião, segundo o presidente do partido, foi realizada para discutir esse assunto especificamente. Da Luz ressalta que o PMDB não pode intervir na decisão do prefeito e vice, já que essa é uma decisão administrativa. “Há um compromisso firmado pelo Murialdo durante a campanha, que é não manter na prefeitura alguém envolvido em algum tipo de processo administrativo. Então, ele fez cumprir esse papel e isso é uma questão meramente administrativa”, completa.