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Política | 19/03/2012 | 16:53

Chapa 3 responde em nota oficial

Lucas Lemos - lucas.lemos@canalicara.com

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Em tom de crítica, uma resposta à nota oficial da Cooperaliança foi emitida pela Chapa 3 nesta segunda, dia 19. A manifestação coletiva do grupo concorrente ao Conselho Fiscal levanta o interesse dos associados pela saúde financeira da empresa. Além disso, reclama da falta de informações que possam subsidiar o debate antecipado sobre o déficit de R$ 1,9 milhão.

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O mesmo texto levanta uma série de números. Os dados fazem parte do discurso da chapa para a eleição. Isto inclui o gasto de R$ 18 milhões para a construção da subestação, ou seja, com R$ 6 milhões a mais do que previsto. E consta também a reforma da sede da Cooperaliança por mais de R$ 1 milhão, sendo R$ 650 mil com divisórias, pagamento de R$ 2 milhões em juros bancários, dívidas de R$ 2 milhões em ICMS e R$ 5,5 milhões com a Celesc.

A repercussão é sobre o texto emitido pela empresa na última sexta-feira. O documento manifestava que qualquer declaração antecipada sobre o exercício fiscal de 2011 seria imprópria. “Tal deve ocorrer na Assembléia Geral, que é o foro legítimo e transparente para discussão dos assuntos de interesse da sociedade”, colocava a redação.

“O que os integrantes da Chapa 3 desejam é que sejam apresentados os documentos que deram origem a tamanho prejuízo para que possamos realizar uma efetiva fiscalização, onde resultará na responsabilização de todos que praticaram atos irregulares na administração da empresa como também na sua fiscalização”, colocam Giovani Martins da Silva, Tarcísio da Luz Alves, Santina Baldissera, Robson Guglielmi, Elmes Dias e Márcio Realdo Toretti. Abaixo segue o texto na íntegra:


Nota oficial
1) Todas as manifestações antecipadas demonstram o interesse do associado em participar efetivamente da vida da Cooperaliança, haja vista ser um direito esculpido no Estatuto Social (art. 7º. alínea “f”), como também, em virtude de reportagens transmitidas pela imprensa local no ano de 2011. Tais informações trazem consigo enorme preocupação no que tange à saúde financeira da empresa e de desvios de conduta por parte do Presidente da empresa que culminaram na condenação do mesmo por constrangimento ilegal (art. 146 do Código Penal) e falsificação de documento público (art. 321 do Código Penal) em uma pena de prisão por 2 anos, 8 meses e 20 dias, somado a isto a justiça ainda determinou o afastamento do Presidente de seu cargo.

2) Fica impossível para os associados que estão preocupados com a Cooperaliança, discutir sobre a aprovação ou rejeição das contas do Conselho de Administração sem ter ao menos a verificação da origem das despesas efetuadas e qual o fundamento para um prejuízo de R$ 1.948.000,00

3) No que tange à competência de fiscalizar a administração da Cooperaliança ser exclusiva do Conselho Fiscal também não podemos concordar, pois qualquer associado tem legitimidade, o direito e o dever de fiscalizar, pois esta defendendo seus interesses e seu patrimônio, uma vez que a cooperativa é de todos nós.

4) Algumas informações são importantes e deveriam estar a disposição de qualquer associado, sendo eles os seguintes:
- contas referente à construção da subestação, isto porque a obra estava orçada em R$ 12.000.000,00 (doze milhões) de reais e acabou no seu final com um valor de R$ 18.000.000,00 (dezoito milhões);
- reforma da sede da Cooperaliança em valor superior a R$ 1.000.000,00 (hum milhão) de reais e que deste valor foram gastos com divisórias de madeira e moveis a quantia de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais);
- pagamento de juros bancários somente em 2011 no valor de R$ 2.000.000,00 (dois milhões) de reais, ou seja, quase R$ 170.000,00 mensais, sendo que somente em uma instituição financeira os juros fixados são de 7.25% ao mês usando o limite do cheque especial.
- dívidas de R$ 2.000.000,00 em ICMS junto ao Governo do Estado (caracterizando o crime de apropriação indébita)
- dívidas em virtude da aquisição de energia elétrica da CELESC num total de aproximadamente R$ 5.511.000,00

5) Não podemos deixar de ressaltar, que no ano de 2010 a Cooperaliança apresentou um lucro de R$ 436.000,00 (quatrocentos e trinta e seis mil reais) e não existe explicação plausível para tamanho prejuízo em 2011.

6) O que os integrantes da Chapa 3 desejam é que sejam apresentados os documentos que deram origem a tamanho prejuízo para que possamos realizar uma efetiva fiscalização, onde resultará na responsabilização de todos que praticaram atos irregulares na administração da empresa como também na sua fiscalização.

7) Sendo assim, não existiu outra forma de ter acesso aos documentos referentes à saúde contábil da cooperativa sem a participação na eleição, pois o Conselho de Administração não autoriza a verificação dos documentos e se assim o fizesse não precisaríamos sequer concorrer ao pleito que se aproxima.

8) Portanto, pedimos novamente para todos os associados que participem da Assembleia no dia 23/03 e da eleição no dia 24/03 para que realmente ocorra uma efetivamente fiscalização dos atos praticados pela atual diretoria e não simplesmente uma leitura dos números contábeis sendo aprovado sem ninguém entender nada,exatamente do jeito que o presidente do conselho de administração gosta.

Içara – SC, 19 de março de 2012