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Política | 14/01/2013 | 16:00

Contratações resultam em ação eleitoral

Lucas Lemos - lucas.lemos@canalicara.com

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Uma Ação de Impugnação de Mandato Eletivo está em curso contra Murialdo Canto Gastaldon e Sandro Giassi Serafim. No entanto, o trâmite do processo segue em segredo de Justiça. Conforme o advogado de acusação Luiz Magno Pinto Bastos Júnior, a peça processual aponta abuso de poder político e econômico. A base para isso está nas contratações realizadas em 2012, além do aumento de repasses para entidades e comentários do ex-prefeito Gentil Da Luz em apoio a coligação Pra frente Içara. “As declarações denotam um empenho pessoal e direto”, acrescenta.

“Poderíamos ter ingressado com a Aime já no último ano, mas logo haveria o recesso. Por isso decidimos esperar. Este processo foi uma decisão dos advogados e da Executiva dos partidos. Não é algo pessoal”, coloca Luiz Magno. Como parte interessada na ação, o ex-candidato a prefeito José Zanolli (PSD) também foi procurado. Porém, anunciou que não vai comentar o assunto. No último pleito ele concorreu junto com Júlio César Cechinel (PP) e perdeu por 6,9 pontos percentuais (1,8 mil votos).

O processo foi apresentado no dia 7 de janeiro. Mas somente no último dia 11 foram divulgadas informações pelo próprio prefeito Murialdo após ser intimado. “Além de não termos feito nada de errado, nos soou estranha tal atitude porque me lembro que tanto eu quanto o Zanolli assumimos durante debate um compromisso público de respeitar a decisão do povo e não atrapalhar a cidade com ações judiciais politiqueiras. O povo de Içara já deu seu recado, todos estão cansados dessas práticas de lutar pelo poder a qualquer custo, ainda que isso prejudique a nossa cidade”, postou no Facebook.

A expectativa de Luiz Magno é que ainda em janeiro, ou mais tardar em fevereiro, já ocorra a oitiva de pessoas. “Os prazos eleitorais são mais rápidos, mas não tanto quanto gostaríamos”, relata. Cada parte poderá apresentar até seis pessoas para testemunharem. “O processo está em segredo de Justiça para não tumultuar o Governo Municipal. Mas os depoimentos e a audiência serão públicas”, acrescenta.

“Estamos estudando e apresentaremos as contrarrazões até sexta-feira. O que entendemos é que o aumento de repasses para entidades tão importantes não pode ser considerado abuso de poder político ou econômico. Se fosse assim, a Organização Não Governamental administrada pela esposa de José Zanolli não poderia receber recursos públicos. Estamos chateados”, rebate o advogado de defesa, Gabriel Schonfelder. Ainda de acordo com ele, as declarações de apoio de Gentil Da Luz não denotam abuso cometido por Murialdo e Sandro. “As falas são de uma terceira pessoa. É preciso ter provas”, pontua.