Política | 29/09/2010 | 09:51
Estrangeiros de olho na eleição tupiniquim
Lucas Lemos - lucas.lemos@canalicara.com
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Em 2002, as eleições no Brasil foram acompanhadas por 20 observadores internacionais. Já em 2010, este número teve um aumento superior a sete vezes. O pleito de domingo, dia 3, será acompanhado por mais de 150 representantes de outros países. Conforme divulgado pela Agência Brasil, as maiores delegações são da Argentina e do México. Na análise do cientista político Ricardo Caldas, o interesse na votação tupiniquim tem como ponto principal a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva.
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Para o professor da Universidade de Brasília (UnB), o contexto internacional indica um fracasso recente dos socialistas, como a renúncia de Gordon Brown, do Partido Trabalhista da Inglaterra, em maio deste ano, e a eleição da conservadora Angela Merkel no lugar de Gerhard Schröder, do Partido Social-Democrata da Alemanha, em 2005. “Lula definiu novos caminhos para a social-democracia”, diz.
A mesma opinião tem o cientista político Humberto Dantas. Mas, ele ainda acredita que o país está cada vez mais em evidência, o que causa receio quanto aos rumos que tomará no futuro. “Temos que nos acostumar com o fato de que cada vez mais pessoas tenham esse questionamento”, afirma. Além do fator político, ele chama atenção para o protagonismo do país no próprio processo eleitoral, com as urnas eletrônicas, adotadas desde 1996.