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Política | 30/07/2012 | 03:23

Fusão de partidos pode estar à caminho

Especial de Francieli Oliveira, do Jornal da Manhã

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Presidente nacional do PMDB, o senador Valdir Raupp já admite que o partido está conversando com outras siglas para uma fusão, porém, as negociações apenas se intensificarão depois das eleições municipais. Líderes peemedebistas de Santa Catarina são favoráveis a redução no número de partidos no país. Atualmente são 30 com registro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Essas conversas estão acontecendo em Brasília. O presidente Valdir Raupp esteve há um mês em Criciúma, no lançamento da campanha da Romanna e do Serafim, e confirmou que há conversações com alguns partidos”, relata o presidente estadual do PMDB e vice-governador de Santa Catarina, Eduardo Pinho Moreira. “Há partidos demais e não há ideologia para todos. Atualmente são 30 e a cada dia fica mais complicado. Nas eleições há essa disputa por tempo de televisão, com os partidos se vendendo”, explana.

A mesma opinião tem o senador Cassildo Maldaner (PMDB). “Por enquanto é tudo especulação, nada acontecerá nesse ano, são conjecturas e tendências de uma reforma política, uma delas é diminuir o número de partidos para cinco ou seis. Com isso vamos fortalecer os partidos, que hoje giram em torno de pessoas e não de um conjunto, há muita negociação, com o tempo de televisão, é preciso pensar pela cidade”, salienta o senador.

Para o deputado federal Ronaldo Benedet (PMDB) não há ideologia para tantos partidos e nenhum apresenta alguma proposta diferenciada. “O Brasil está vivendo a síndrome da pós-democracia, no passado eram dois grupos, os que defendiam a ditadura e os que lutavam contra, agora a situação é diferente, há oposição apenas pelo poder, sem apresentar nenhuma proposta diferente”, acrescenta o parlamentar. “O PMDB é uma grande sigla e outros partidos vêem nele um fortalecimento. Mas tudo terá que ser muito bem discutido”, avalia Benedet.

Os partidos que estariam fazendo parte das conversações não são revelados pelos líderes nacionais do PMDB, mas há especulações em torno do PR, DEM e do PP, um dos maiores rivais dos peemedebistas em Santa Catarina. O presidente estadual dos progressistas Joares Ponticelli descarta a possibilidade, mas é a favor da diminuição do número de siglas.

Para Moreira haveria uma dificuldade de fusão com o PP. “Posso garantir que há quatro anos isso seria bem mais difícil, hoje essa aproximação já acontece em mais de 30 municípios catarinenses onde o PMDB e o PP estão coligados na disputa das eleições municipais, mas com certeza há uma certa dificuldade”, pontua o vice-governador. O senador Maldaner coloca que cada Estado possui as suas tradições e tudo teria que ser bem avaliado. “Cada Estado tem as suas convicções, as suas tendências e vai precisar de uma diálogo longo e amadurecido”. Benedet coloca que, em Brasília, não ouviu essa possibilidade, mas apenas com o DEM. “Não escutei conversas de fusão com o PP, apenas com o DEM, mas o PMDB e PP não são rivais em Brasília”, conta.

“Sobre a fusão de partidos se fala apenas após as eleições, não existe essa possibilidade da fusão do PP com o PMDB”, declara Ponticelli. Em relação a diminuição do número de siglas partidárias o deputado estadual se coloca a favor. “Sonho com a reforma política e um dos pontos é a redução do número de siglas, são muitos partidos para pouco conteúdo ideológico. É preciso essa redução e que cada partido tenha uma linha, suas bandeiras. É preciso também acabar com as coligações na proporcional e unificar as eleições, o País não pode parar a cada dois anos para processos eleitorais”, destaca Ponticelli.


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