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Política | 17/05/2011 | 18:18

Gaeco remete cédulas para a perícia

Lucas Lemos - lucas.lemos@canalicara.com

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As cédulas utilizadas para votação secreta na Câmara Municipal de Içara na noite de segunda-feira, dia 16, tiveram abertura na tarde desta terça, no Fórum de Içara. E, já foram remetidas para exame grafotécnico do Instituto Geral de Perícias. Conforme o promotor do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Eduardo Paladino, a expectativa é que uma análise saia em até 15 dias.

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O resultado dos exames serão remetidos ao delegado responsável pelo inquérito policial, Airton Ferreira. Sobre o assunto, contudo, a autoridade que lidera a força-tarefa entre Polícia Civil, Polícia Militar e o Ministério Público prefere não comentar. Já o promotor de Criciúma explica que o acionamento do Gaeco ocorreu por meio da 2ª Promotoria Pública de Içara devido a complexidade do caso envolvendo agentes públicos.

Trata-se de um desmembramento da denúncia realizada ao Ministério Público da comarca por possível uso do cargo de vereador para obter vantagens pessoais (prevaricação). Além deste crime, a situação também repercute possível fraude de documento público (voto marcado) e compra de votos. “No momento não podemos passar maiores detalhes até a conclusão das investigações”, explica o titular da segunda Promotoria de Içara, Henrique da Rosa Ziesemer.

Quanto a derrubada do veto do prefeito Gentil Da Luz aprovada pelos vereadores, a tramitação da matéria para a publicação oficial não terá interferência. Ao menos por enquanto. Por sete votos a três, os legisladores decretaram validade às mudanças nas atribuições da Fundação Ambiental de Içara e também revogaram a Área de Proteção Ambiental de Santa Cruz.

Contudo, a publicação legal ainda pode ser suspensa por liminar. Segundo Eduardo Paladino, esta atribuição cabe então ao Ministério Público de Içara. Outra possibilidade já avaliada é a construção de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade. O próprio Município já manifestou interesse em ingressar como parte interessada do recurso judicial. Conforme o procurador Walterney Réus, a expectativa é que esta ação seja movida pelo Ministério Público.