Política | 18/08/2012 | 09:10
Maior parte das disputas é bipolarizada
Especial de Francieli Oliveira, do Jornal da Manhã
Compartilhar:
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) fez um levantamento e constatou que em 51,1% dos municípios os eleitores têm apenas duas chapas como opção para votar em outubro e eleger o novo prefeito que irá comandar a administração pelos próximos quatro anos. Na Região Carbonífera, dos 12 municípios, já incluindo o Balneário Rincão, em apenas três há a opção de mais de duas chapas, ou seja, em apenas 25% dos municípios.
Em Cocal do Sul, os eleitores podem escolher entre Ademir Magagnin (PP), Anderson Comin (PMDB), Ângelo Vicente Cipriano (PSDB) e José Aldo Furlan (PDT), este último teve o registro de candidatura indeferida, mas recorreu da decisão. Criciúma é a maior cidade e também a que possui um maior número de chapas inscritas. Concorrem Cíntia dos Santos (PSTU), Clésio Salvaro (PSDB), Odelondes de Souza (PSOL), Rodrigo Maciel (PCB) e Romanna Remor (PT). Em Orleans foram registradas três candidaturas: Celso de Oliveira Souza (PDT), Marco Bertoncine Cascaes (PSD) e Valmir Bratti (PP).
Como mostram os números divulgados pela CNM, no Brasil a situação é bem mais equilibrada, a disputa polarizada acontece em 2.850 municípios, 51,1% do total. O estudo foi baseado em dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 20 de julho e consolidados pela Confederação Nacional de Municípios (CNM). A população que decidirá entre dois candidatos nestes 2.850 municípios alcança a 35 milhões de pessoas, ou 18,5% da população brasileira, e estarão em disputa os votos de 27,1 milhões de eleitores.
Na Região Carbonífera, levando-se em conta apenas o partido do candidato a prefeito, a maior disputa fica entre o PMDB e PP adversários em três municípios. Em Siderópolis disputam Hélio Cesa (PMDB) e Marcos Feltrin (PP), em Treviso a disputa fica entre João Réus Rossi (PMDB) e Jaimir Comin (PP) e em Urussanga concorrem Johnny Felippe (PMDB) e Geraldo Fornasa (PP). A disputa entre o PMDB e o PSD acontece em dois municípios. Em Lauro Müller concorrem Hélio Bunn (PMDB) e Fabrício Alves Kusmin (PSD) e em Morro da Fumaça Claudionor de Vasconcelos (PMDB) e Agnaldo Maccari (PSD).
O PMDB disputa ainda no Balneário Rincão com Jairo Celoy Custódio contra Décio Góes (PT), com indeferimento, mas com recurso. O Partido Progressista, com Vanderlei Alexandre, concorre contra José Claudio Gonçalves (PSD), também com recurso, em Forquilhinha, já em Nova Veneza Evandro Gava (PP) é o adversário de Marcos Spillere (PSDB). Em Içara a disputa está entre José Zanolli (PSD) e Murialdo Gastaldon (PT).
No Brasil, os seis maiores duelos somam 837 (29,7%) disputas, envolvendo os partidos, PMDB, PP, PSDB, PSD, PT e DEM. Todos estes com exceção do PSD são partidos tradicionais e bem organizados, mostrando a boa capilaridade política dos grandes partidos. Porém, chama a atenção o novo PSD já estar enfrentando o PMDB em 149 cidades.
O maior número de confrontos entre o PMDB e o PP ocorre na região Sul (126); entre o PMDB x PSDB na região Sudeste (53); entre o PMDB x PSD na região Sul (57); o PMDB x PT também na região Sul (76); o PT x PSDB tem as maiores disputas na região Sudeste (44) e o PMDB x DEM tem as maiores disputas na região Nordeste (31).
Na eleição de 2008 houve disputas entre somente dois partidos em 2.553 (45%) das cidades, ocorrendo um aumento no número de duelos nesta eleição, o que pode indicar uma maior polarização política no Brasil. Como metodologia, a CNM optou pela utilização das candidaturas com as situações deferidas e aguardando julgamento, retirando da análise as candidaturas com situação indeferida, renúncia e falecimentos.
» SEGURANÇA: Frequentadores de terreiros buscam apoio para prática religiosa
» ECONOMIA: Redução de impostos derruba arrecadação dos municípios