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Política | 08/04/2012 | 10:14

Opinião: Brasil, desfilie-se ou vote nulo

Dentista Vilson Schambeck

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Corre por toda a mídia a necessidade de uma reforma política. Isso é fato. Precisamos mesmo de partidos que tenham cara de partido, ou seja, um conteúdo programático que seja respeitado e onde todos os seus filiados tenham vez e voz. O que vemos, e não é de hoje, são caciques políticos que pintam e bordam conforme suas próprias conveniências.

Alianças impossíveis de se imaginar são colocadas à mesa como se tudo fosse normal e aceitável. Via de regra, numa campanha eleitoral os “generais” brindam champagnhe enquanto os cabos eleitorais vão parar nas delegacias. Agora pergunto, se na eleição seguinte vão estar todos de mãos dadas, pra quê se estressar?

Antropologicamente falando se oberva que a pluralidade é algo inerente à raça humana, pois o que é um povo senão uma massa unida por laços de cultura semelhantes, porém não idênticos. Assim formam-se as nações. Porém, paralelo a isso, creio também que vivemos num mundo de faz-de-conta, imerso num caldeirão de desigualdades, alimentado pelo fogo do preconceito. Poucos são os que ousam “pensar” o tema, pois tornamo-nos cada vez mais individualizados. O fato é que entre o nosso hoje e o amanhã há um mata-burro chamado ignorância e um cabresto denominado egoísmo. É um vale tudo na luta pelo poder...

A democracia ("demo+kratos") é um regime de governo em que o poder de tomar importantes decisões políticas está com os cidadãos (povo), direta ou indiretamente, por meio de representantes eleitos — forma mais usual. As Democracias podem ser divididas em diferentes tipos: democracia direta (algumas vezes chamada "democracia pura"), onde o povo expressa a sua vontade por voto direto em cada assunto particular, e a democracia representativa (algumas vezes chamada "democracia indireta"), onde o povo expressa sua vontade através da eleição de representantes que tomam decisões em nome daqueles que os elegeram.

Outros itens importantes na democracia incluem exatamente quem é "o Povo", isto é, quem terá direito ao voto e como proteger os direitos de minorias contra a "tirania da maioria". No mundo atual há uma inércia e uma acomodação generalizada. O “eu” sobrepuja o “nós”. Interesses pessoais estão a frente dos coletivos. As pessoas estão cansadas, exauridas. A democracia está de cabeça para baixo.

Num breve comparativo, aqueles que já tiveram oportunidade de viajar para outros países puderam perceber-se, muitas vezes, como estranhos no ninho. Fato este que me recorda um filme de sucesso recente, “Matrix”. No filme em questão, pessoas são acordadas de um sono profundo e despertam para uma nova realidade. Seu modo de ver a vida é transformado totalmente, dando lugar a um novo paradigma.

Invariavelmente, pessoas que passaram por grandes provações em suas vidas têm o caráter potencialmente transformado. Passam a enxergar o mundo sob um novo prisma. Não por acaso, a Bíblia nos remete à seguinte frase: “vinde a mim como as criancinhas”. Isso se justifica pelo fato de que as crianças ainda não tiveram seus sonhos cauterizados e suas esperanças perdidas. Elas sempre estão abertas ao que é novo.

Em resumo, acredito que a humanidade precisa de um derramamento de amor, e uma dose dupla de indignação. Estamos fartos de teoria. Precisamos de pessoas que tenham nos seus currículos, cara, coragem e honradez.É chegada a hora de uma nova revolução: a epopéia do amor precisa emergir, sob o som da indignação. Mas quem há de indgnar-se? Onde está o proletário? Onde estão os formadores de opinião? Será que estão todos calados, anestesiados, adormecidos...

Encerro mais este desabafo com a célebre frase de um pensador: "amo a minha loucura que me vacina contra a estupidez. Amo o amor que me imuniza contra a infelicidade, que prolifera infectando almas e atrofiando corações.”