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Política | 31/01/2012 | 14:54

Opinião: Estamos sem Plano de Saúde

Professora Derlei Catarian De Luca

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Ouvi atentamente na manhã de segunda-feira, dia 30, o senhor Milton Martini, secretário de Estado da Administração, falar sobre o plano de saúde dos servidores estaduais. Não sei se é caso de psiquiatra, de polícia ou cara de pau mesmo.

Secretário, qual é o 0800 que funciona bem? Pode apontar um? Quantos assessores têm para acertar suas consultas, suas viagens, suas malas e passeios? Quantos assessores tem um professor ou um policial, para ficar na lenga lenga do 0800 tentando marcar uma consulta?

Você ligou para o SC Saúde, angiologia disque 1, pediatria disque 2, ginecologia disque 3, ortopedia disque 4, endocrinologia disque 5, gastroenterologia disque 6, geriatria disque 7, nefrologia disque 8, oftalmologia disque 9, neurologia disque 10. Ou aguarde na linha....

Daí vem uma musiquinha irritante enquanto a pessoa morre do coração ou joga o telefone fora, já que não conseguimos ainda jogar fora certos políticos. Quantos professores e policiais possuem computador em casa? Quantos têm tempo de ficar buscando informações na Internet? Nós não temos assessores para fazer isso.

O Governo do Estado prometeu que receberíamos as carteirinhas em casa. Quando? De todos os professores que conheço apenas dois receberam a carteirinha até agora e rejeitaram o plano, buscando alternativas. Os demais nem receberam.

Sei e todo mundo sabe que os profissionais bons, sejam professores, médicos ou policiais, trabalham bem sejam pagos ou mal pagos. Contudo, eu não posso e não quero depender da caridade alheia para ser atendida quando necessitar de um médico. Se forem bem remunerados, pelo menos podemos exigir que trabalhem bem.

Educação, saúde, segurança sempre foram as reivindicações mínimas da sociedade e a promessa dos governantes. Humanização nos tratamentos e relacionamentos é recomendação de psicólogos, psiquiatras e educadores. Nada substitui o contato pessoal para qualquer tipo de atendimento.

Nas sociedades preocupadas com o ser humano, existe até visita aos doentes em suas residências. E Santa Catarina, ao invés de avançar, retrocede. E temos de ouvir o secretário tentar escamotear a verdade. Porque a verdade é que nós, os 180 mil servidores do Estado, estamos sem assistência médica. Às vezes, como hoje, tenho vergonha dos governantes do meu estado.

Senhor secretário – eu tenho nome, rosto e endereço.