Primeiros passos são analisados

Laudelino José Sardá é jornalista, Professor Doutor, Assessor de Comunicação e Marketing além de professor de Jornalismo na UFSC. À pedido do jornal Litoral Notícias, ele analisou os primeiros passos do município e a situação pela qual o Balneário Rincão passa. E as primeiras metas traçadas por Charles Oscar da Rosa, para Laudelino, não são as melhores possíveis.

"O interino não pode resolver problemas de médio longo prazo em um período de curto prazo. O Rincão não pode começar seu primeiro ano com os problemas de uma cidade já velha. Se eu fosse o prefeito, eu não daria prioridade para saúde, segurança, educação como ele colocou, isso deveria ser consequência de um trabalho de qualidade de vida a todos. Deve ser pensado na estrutura da praia, como será o Rincão em 2020? Será que vai depender ainda do verão? Dos turistas de Criciúma? Como ocorre hoje em Laguna? A linha de pensamento deve ser: acrescentar para ganhar consistência. Os políticos daí não estão pensando no futuro", esclarece.

Dos primeiros projetos de lei, Sardá também afirmou que existem falhas. Ele comparou os primeiros projetos do legislativo com a criação de uma empresa. "As primeiras leis serem sobre a estrutura administrativa é errado. Eu preciso da infraestrutura. Não adianta fazer leis sem planejamento. Não vai dar certo criar sem saber o que quer para o município", coloca. "Um exemplo é uma empresa. Não se cria a diretoria antes de saber o que quero com uma diretoria, é exatamente o caso da praia. A primeira coisa deveria ser saber o que queremos para a cidade. O prefeito tem que assumir a autoridade do executivo e pensar no futuro que, tem tudo para começar bem", enfatiza.

Sobre a relação entre Içara e Balneário Rincão, para ele o vínculo não existe mais. "A partir do momento que houve a emancipação, a vinculação já se desfaz. É algo automático", explana. "Agora, Içara perdeu o Rincão que não soube explorar. Assim como Camboriú perdeu Balneário Camboriú. Içara continua pensando para trás", analisa.