Política | 27/12/2013 | 13:16
“Sabia que iria encontrar dificuldades”
Lucas Lemos - lucas.lemos@canalicara.com
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Folha de dezembro sem dinheiro, encargos do 13º ainda em débito, indenizações e fornecedores em atraso. Assim Murialdo Canto Gastaldon assumiu o Governo Municipal em janeiro de 2013. “Sabia que iria encontrar dificuldades”, garante. A surpresa foi a quebra na ordem de pagamentos dos precatórios. O assunto pautou parte dos discursos ao longo do ano e justificou a criação de medidas emergenciais para equilibrar as finanças.
"Quero ver a Justiça explicar para a Justiça os sequestros. Faltam R$ 100 mil ainda. Mas eles tiraram quase R$ 400 mil de contas vinculadas que não poderiam bloquear, como o Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação. Quero ver na hora que formos prestar contas. Não foi eu que tirei. Não posso ser penalizado. Quero ver o Tribunal de Contas mandar um expediente ao Tribunal de Justiça dizendo que não poderia ter mexido. Vai ser engraçado", relata.
Internamente, o caso dos precatórios está em uma comissão disciplinar. Ao final, deverá ser enviado ao Ministério Público. Além disso, o relatório da sindicância inicial também foi enviado para o Legislativo. "O relacionamento com a Câmara foi muito positivo. Teve uns embates naturais que nem sei se foi embate. Tivemos um jogo muito aberto. Foi assim na discussão sobre o Samae, no leilão de terrenos...", coloca.
Já quanto ao Ministério Público, o relacionamento teve mais confronto. "Embargar a creche no Tereza Cristina foi muito prejudicial. O erro foi a subcontratação. Não se pode fazer isso. Mas não houve alteração no preço. Então não ocorreu superfaturamento ou sacanagem", complementa. "Outra coisa que vejo como prejudicial foi o embargo da venda dos terrenos. O Município não dá conta de cuidar dos terrenos públicos. Não temos capacidade. Há locais já invadidos. Estamos fazendo papel de especulador já que nestes imóveis não dá para construir uma creche, uma unidade de saúde...", pontua.