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Política | 28/06/2012 | 21:48

TSE libera prestações de contas rejeitadas

Especial de Débora Zampier, da Agência Brasil

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Os políticos que tiveram contas de campanha rejeitadas pela Justiça poderão participar das eleições deste ano. A decisão ocorreu no Tribunal Superior Eleitoral na noite desta quinta-feira, dia 28. Por maioria de quatro votos a três, o TSE desfez decisão da própria corte que impedia a candidatura dos chamados contas-sujas.

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O julgamento foi retomado com o voto vista do ministro Antonio Dias Toffoli, que desempatou o placar de 3x3. Para Toffoli, a apresentação das contas de campanha – independentemente de elas serem aprovadas ou não – é suficiente para deixar o candidato quite com a Justiça Eleitoral. O ministro ressaltou, no entanto, que caso as contas sejam apresentadas sem documentos, “de forma fajuta”, a Justiça irá desconsiderá-las e o político será barrado.

Durante a proclamação do resultado, o ministro Henrique Neves fez questão de ressaltar que a decisão diz respeito apenas a contas de campanha, e que os gestores públicos com a contabilidade reprovada por tribunal de contas continuam inelegíveis, conforme determina a Lei da Ficha Limpa. Os ministros analisaram um pedido do PT e de mais 17 partidos para que o TSE reavaliasse a decisão de março deste ano que, por 4x3, passou a exigir a aprovação das contas de campanha para liberar candidaturas.

A decisão tornou mais rigorosa a regra vigente até então – retomada esta noite – que pedia apenas a apresentação da contabilidade dos candidatos. A inversão do placar foi possível porque, de março para cá, a composição do TSE mudou, com a entrada dos ministros Antonio Dias Toffoli no lugar de Ricardo Lewandowski e do ministro Henrique Neves substituindo Marcelo Ribeiro.

Toffoli seguiu a posição dos ministros Gilson Dipp, Henrique Neves e Arnaldo Versiani. Eles defenderam que o TSE havia extrapolado o que a lei exige ao cobrar a aprovação das contas. Na outra vertente, estavam os ministros Nancy Andrighi Cármen Lúcia e Marco Aurélio, para quem a intenção da lei é moralizar a atuação política, mesmo que isso não estivesse escrito expressamente no texto.