Política | 10/12/2012 | 20:43
Uma sessão dedicada às despedidas
Lucas Lemos - lucas.lemos@canalicara.com
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Pela última vez a tribuna da Câmara Municipal de Içara foi utilizada na atual legislatura. Para alguns dos vereadores, foi também a despedida do Poder Legislativo. É que dos 10 parlamentares, apenas quatro foram reeleitos. Seguirão na Casa Antônio de Mello (PMDB), Osmar Manoel dos Santos (PP), André Mazzuchello Jucoski (PSDB) e Neuzi Berto Silveira (DEM).
"Fiz o projeto do Centro de Controle de Zoonoses e o programa Pé na faixa, pé no freio. Em setembro de 2010 começamos também a discutir a instalação de câmeras na cidade. Foram diversas as viagens e hoje vemos que os equipamentos estão funcionando para combater a criminalidade. Lembrarei que passei por esta Casa e que valeu a pena", ressalta Diego da Silva Vittorassi (PDT). "Nunca vou dizer que desta água não beberei. Quem sabe eu ainda possa voltar", comenta. Além de vereador, Diego foi também titular da pasta de Planejamento.
Por parte de Osmar, o discurso foi de lamentação pela reprovação da Ficha Limpa. "Espero que no próximo ano possamos fazer um trabalho renovador em benefício da população de nossa cidade", criticou. "Içara foi conhecida a nível estadual como a cidade da picaretagem. Também fico triste pela não aprovação da Ficha Limpa. Poderíamos ter saído de alma lavada", ampliou o colega Fábio Della Bruna Vieira (PP).
"Não me arrependo de nada. Tudo que fiz, foi com consciência. No último pleito fui o vereador mais votado em Içara. E isto serviu contra mim. Fui caluniado por um grupo de pessoas do meu partido. Nesta última eleição não obtive êxito. Fiquei na segunda suplência. E não é dor de cotovelo. Não perdi a eleição. Me tiraram ela. Não me sinto derrotado, mas traído pelo meu próprio partido", desabafou, por vez, Itamar da Silva (PP).
"Elegi-me uma vez e não quero mais ser vereador. Nos próximos pleitos os secretários municipais também deveriam ser votados pelo povo. Fazemos as leis, os projetos e as reivindicações. Mas se o secretário não quiser fazer, recai todo o peso em nossas costas”, alfinetou Jurê Carlos Bortolon (PMDB). Já Acirton Costa (PMDB) destacou que a Prefeitura Municipal tinha maioria na Câmara. Por isso, se ficou algum projeto pendente, não foi por falta de apoio dos vereadores. “Não é porque não estaremos mais no cargo que deixaremos de trabalhar. É dever de todo o cidadão ajudar sempre ao próximo. Tenho certeza que a população da cidade tem este princípio”, promete.