Lucas Lemos [Canal Içara]
Segurança | 12/07/2018 | 16:40
Ação integrada reduz 80% do índice de homicídios em quatro anos
Redação | com a colaboração do MPSC
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Uma série de ações articuladas entre o Ministério Público de Santa Catarina, as Polícias Civil e Militar resultaram, nos últimos quatro anos, em uma redução de quase 80% nos índices de homicídio em Içara e Balneário Rincão. Entre 2014 e 2017, as ocorrências por roubo também sofreram uma redução de 28,57% na Comarca. Queda, essa, que tem se mantido ano a ano. De 2016 para o ano passado, a redução do mesmo índice foi de 22,8%. Já entre 2013 e 2017, as ações judiciais criminais protocoladas pelo MPSC na região também tiveram uma redução de 20%.
"A aproximação entre o Ministério Público com as Polícias Militar e Civil foi fundamental para obtenção dos resultados. Foi possível orientar o trabalho da PM apontando-se as dificuldades que surgiam no curso das ações penais bem como focar nos delitos que geram violência, como o tráfico de drogas. Com a Polícia Civil houve uma aproximação, abrindo-se diversos meios de comunicação com delegado e investigadores; realizados planejamentos que resultaram ações com resultados mais difusos. Houve um aumento na complexidade e na carga de trabalho, mas os resultados indicam que as medidas surtiram efeito", afirma o promotor Marcus Vinicius de Faria Ribeiro.
Os índices ficam ainda mais evidentes quando contrastados com as taxas de violência em Santa Catarina. Nos últimos quatro anos, este tipo de crime aumentou 51,85% no estado. Em relação aos índices de assassinatos e de tentativa de homicídio, o padrão se mantém. Enquanto na Comarca de Içara houve uma redução de 43,33% de 2015 para 2017, no mesmo período, no Estado, o número de ocorrências registradas por esses crimes aumentou 6,88%.
"Ficou evidente a disponibilidade de todos, nos últimos anos, para solucionar os problemas de criminalidade. Não raras vezes, o promotor, a autoridade policial ou seus agentes interagiam em investigações, coletas de prova e diligências por meio de e-mails, aplicativos de conversa e até pessoalmente em diversos horários e situações", ressalta o delegado Rafael Marin Iasco. A integração entre o MPSC e as polícias resultou, por exemplo, na Operação Clínica Geral, em 2016, com a quebra de uma ramificação criminosa na região.