Agentes prisionais ameaçam greve

Em meio ao caos na segurança pública, agentes prisionais de Santa Catarina estão em estado de greve. Caso uma série de reivindicações não seja atendida pelo Governo do Estado em 15 dias, a categoria ameaça interromper os trabalhos a partir do dia 7 de dezembro. A decisão foi tomada em assembleia geral, realizada na sede do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Estadual de Santa Catarina (Sintespe), em Florianópolis, na tarde desta última quinta-feira, dia 22.

Segundo o diretor de Saúde e Segurança do Trabalho do Sintespe, Sebastião Teotônio Amorim, a pauta de reclamações foi entregue ontem mesmo à secretária de Cidadania e Justiça, Ada Faraco De Luca. Entre os pedidos destaca-se a aquisição de coletes balísticos, armas para fazer escoltas, efetivação dos mais de 100 agentes prisionais que se encontram em formação e lançamento de novo concurso público. “Os coletes usados atualmente foram cedidos pela polícia e já estão vencidos”, enfatiza Amorim.

De acordo com ele, todas as reivindicações são por melhor condição de trabalho. “Não estamos pedindo ajuste salarial, o que estamos lutando é por mais dignidade no trabalho”, ressalta Amorim. “É horrível não ter segurança”, completa, acrescentando que as queixas são antigas. “Estamos pedindo constantemente, mas isso se somou aos últimos acontecimentos. Agora chegou ao limite”, fala.

Em todo o Estado são mais de 17 mil apenados. Todas as unidades prisionais, de acordo com ele, operam com 50% acima da capacidade normal e, também, com o efetivo reduzido. Amorim ainda observa que a situação é crítica em Santa Catarina. “Não tem diferença de uma unidade para outra”, comenta. O sindicato também pediu uma audiência com a Secretaria de Cidadania e Justiça.

Conforme o diretor, nos próximos dias, todas as unidades prisionais do Estado receberão a visita dos representantes do sindicato, que irão expor os pedidos e retirar todas as dúvidas dos trabalhadores.