Avenida vira armadilha para carros

Neide Silvestre resolveu investir em uma empresa no Rincão, mas, já pensa em rever o projeto. A reclamação dela é a falta de mobilidade. Isto por causa da condição precária das ruas na região central do balneário que está prestes a se tornar município. Ao tentar passar pela Avenida Waldemar Carlos Petrini, teve inclusive o Pálio atingido nesta sexta-feira, dia 27.

"Faz tempo que está assim. Os carros quebram por conta das estradas irregulares e as pessoas correm o risco de cair nos buracos e nas poças", exclama a empreendedora. Moradora na via em frente ao campo do Coroa Bom de Bola, Maria Milanese também aumenta a lista de descontentes. "Na terça-feira oito carros ficaram trancados em frente da minha casa", contabiliza.

Quanto mais próximo do extremo sul do Rincão, mais precária a situação da avenida à beira do mar. No entorno da Arena do Suíço, trechos foram inclusive demarcados para que os motoristas evitem o trânsito. De acordo com o subprefeito Jurê Carlos Bortolon, a pavimentação já começou a ser recuperada. "Assim que o clima melhorar vamos passar a patrola e limpar as ruas também", completa.

Já a colocação de saibro ficará para o futuro. "Não temos previsão. Não há nem material disponível. Isto depende de licitação", destaca. Enquanto isso, moradores de áreas distantes da orla também fazem protestos. Na Avenida Vital Estácio, por exemplo, uma poça encobre a esquina e foi transformada ironicamente em um pesque-pague.

"Sempre venho nos verões para a casa da minha filha no Rincão. Mas agora mudarei de planos e vou para Arroio do Silva", comenta Antonina Margotti. E segundo ela, a decisão leva em consideração o excesso de chuva e a condição das estradas. Afinal, estes fatores praticamente a isolam dentro de casa.