Segurança | 15/08/2012 | 14:31
BB é alvo pela terceira vez em oito meses
Lucas Lemos - lucas.lemos@canalicara.com
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A preferência de criminosos pelo Banco do Brasil é evidente com a quantidade de ações na cidade. Desde dezembro de 2011 até agosto de 2012 as agências de Içara acabaram alvo de bandidos por três vezes. Em dois casos houve ameaça a funcionários que ocupam cargos de primeiro patamar na instituição financeira. Na última ocorrência registrada nesta quarta-feira, dia 15, até a família do tesoureiro do banco ficou na mira dos bandidos.
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Em 21 de dezembro, o dinheiro de dois caixas eletrônicos foi levado com o gerente da agência da Rua Ipiranga na mira de uma pistola. Na fuga os assaltantes roubaram ainda o Golf de uma funcionária. Depois de quase 24h, o veículo foi recuperado em Vila Nova. Já em 23 de janeiro, o crime ocorreu na agência da Rua Anita Garibaldi. Mas a violação do terminal foi além do esperado. O equipamento acabou incendiado. A suspeita é que cerca de seis pessoas tenham se envolvido na tentativa de furto.
“A opção pelo Banco do Brasil é porque a instituição centraliza o dinheiro nas cidades. Não é algo específico de Içara. Em Forquilhinha também houve um tesoureiro vítima sob o mesmo modo de operação. Eles sequestram as famílias por que sabem que estes funcionários possuem a chave e a senha. A nossa reivindicação é que o acesso aos cofres seja controlado por empresas de segurança”, relata o presidente do Sindicato dos Bancários da região, Ronald Pagel.
Além do repasse do controle dos cofres para empresas de segurança, os bancários requerem outras ações para afastar o risco de novos crimes. A pauta nacional de reivindicação cita que até mesmo o acionamento dos alarmes não seja atribuição dos funcionários. O documento já entregue para a Federação Nacional dos Bancos lista inclusive os procedimentos avaliados como necessários após a constatação destes tipos de crimes.
A campanha da categoria cobra que em caso de assaltos e sequestros, o estabelecimento seja fechado até avaliação da segurança e saúde dos empregados, isto, com a participação do sindicato local. Aos empregados que forem vítimas devido a função na empresa, o pedido é de estabilidade por três anos ou por tempo indeterminado se houver sequelas. Já se o sequestro for de familiares, o prazo é de um ano. A garantia de indenização das vítimas também faz parte da minuta com 126 cláusulas em negociação.