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Segurança | 04/06/2010 | 09:03

Comunidade refém do tráfico

Larissa Matiola (Jornal Gazeta) - jornalismo@gazetasc.com

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O medo e a insegurança dominam os moradores do Loteamento Mirassol, comunidade do Balneário Rincão que vive diariamente sobre constantes ameaças de traficantes de drogas. Quem arrisca contar sobre as leis do tráfico sofre ameaças. E, por isso, niguém pode ser identificado. A informação é que entram na comunidade apenas pessoas autorizadas pelos próprios bandidos, sendo comum tiroteios e brigas por pontos de tráfico e até o envolvimento de menores de idade.

“A conversa das crianças é baseada em drogas, armas e baladas”, conta uma moradora. “Até o sopão que era distribuído para as famílias carentes não pode ser mais realizado. Os cursos de artesanato também foram encerrados. Só entram na comunidade pessoas autorizadas pelos bandidos”, fala preocupada uma moradora.

Um outro morador revela que a polícia até tenta fazer a sua parte. Porém, ainda se faz necessário fazer muita coisa ligada à prevenção. “Precisamos de ações enérgicas na comunidade”, preocupa-se. O policial militar e integrante do Conselho de Segurança Municipal (Conseg), Arlei Mota, confirma as informações e destaca que a comunidade hoje é prioridade. “Os traficantes mantém olheiros por toda a extensão e informam quando nós policiais estamos nos aproximando”, fala ele. “O nosso maior problema é que muitos moradores reclamam da ação da polícia. Eles afirmam que muitas vezes chegamos de maneira agressiva no local, o que não é verdade. Tentamos fazer a nossa parte”, completa.

Para o coronel da Guarnição Especial da Polícia Militar de Içara, Adilton Maciel, a situação no Mirassol ainda não está no estágio colocado. “Fizemos ações semanais e entramos e saímos com tranquilidade”, rebate o coronel. Com relação a fiscalização dos traficantes, ele afirma que a informação de olheiros é mentirosa. E, ainda destaca que falta a fiscalização da entrada de novos moradores por parte d Prefeitura. “O local está virando uma favela, onde qualquer um se instala. São pessoas sem documentação, sem trabalho, que consequentemente irão acabar no tráfico de drogas”, coloca Adilton.


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