Segurança | 20/11/2014 | 14:15
Divisão de homicídios assumirá investigação
Especial de Morgana Rosso, do Jornal da Manhã
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A equipe de investigação do 35º Distrito da Delegacia de Polícia de Jabaquara (SP) ouviu, na última semana, a terceira vítima do atentado ocorrido na noite de 13 de setembro. O crime no banheiro masculino da estação do metrô resultou na morte do içarense Samuel Rocha. Conforme o delegado Levi D´Oliveira, o homem contou que foi o primeiro a ser esfaqueado e que ficou abrigado em um dos sanitários para se proteger do autor.
“Ele disse que ficou escondido e só saiu quando não ouviu mais os gritos. Com essa atitude, a vítima não conseguiu ver quem o atingiu e ainda demorou em ser atendido pelo socorro, vindo a perder um rim”, relata a autoridade policial. Sem novidades para a identificação do autor, D´Oliveira afirma que o caso será encaminhado para a Divisão de Homicídios da capital.
“Temos as imagens do horário dos ataques e os depoimentos das duas vítimas, porém, continuamos sem a identificação do autor. Acredito que na delegacia especializada possa encontrar mais indícios que levem à autoria e à motivação do crime”, conta. “No início trabalhávamos com diversas hipóteses, dentre elas, a de crime homofóbico. Mas essa possibilidade foi descartada porque no depoimento da primeira vítima ela contou que a mochila foi levada”, recorda.
Ainda, segundo o delegado, a terceira vítima assumiu a homossexualidade. “Apesar de ele admitir que seja homossexual não consideramos a hipótese de homofobia porque ele não ouviu xingamentos”, comenta. “Ainda temos dúvidas de que se tratava de uma tentativa de roubo, porque não foi levado nenhum pertence dele, assim como do rapaz que morreu”, analisa D´Oliveira.