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Segurança | 21/06/2021 | 12:00

Em carta aberta, policiais civis criticam tratamento da categoria na Reforma da Previdência

Tratamento diferenciado entre servidores da segurança pública é contestado por policiais civis

Redação

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A proposta de Reforma da Previdência com tratamento diferenciado entre servidores da Segurança Pública não caiu bem na Polícia Civil de Santa Catarina. Um documento anônimo reflete atualmente o descontentamento da categoria devido ao impacto sobre as forças civis. A carta aberta ressalta a participação da PC no enfrentamento de ataques organizados ao Estado e as investigações que resultaram na recuperação de R$ 11,1 milhões no caso da aquisição de R$ 33 milhões em respiradores. Lembra ainda a elucidação em casos como do aeroporto de Blumenau e do assalto ao Banco do Brasil em Criciúma para destacar a necessidade de valorização dos profissionais.

“Ao receber tratamento diferenciado, onde o Policial Civil é menosprezado e tratado com desdém por esse governo, onde a vida de um policial civil vale menos que a de um policial militar na ótica desse governo, certamente essa criminalidade organizada tornará a atuar nesse estado, porque terá a certeza que não encontrará um combate qualificado, não havendo investigação que os leve a prestar contas com a justiça”, aponta o texto compartilhado pela categoria. A reclamação é quanto a alíquota de contribuição, atualmente de 14%, ou seja, acima dos militares, que pagam 10,5%.

Debate com setor produtivo

A apresentação da Reforma da Previdência de SC foi realizada pelo governador Carlos Moisés (PSL) em webconferência na tarde da última quinta-feira, dia 17, para a Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc). Conforme o presidente do Instituto de Previdência Privada do Estado de SC (Iprev), Marcelo Panosso Mendonça, um dos principais objetivos será diminuir o déficit. Os policiais civis, por vez, apontam que a contribuição da categoria atualmente gera superávit.

“Esta reunião com a Facisc foi mais uma oportunidade do Governo do Estado estar se comunicando com o setor produtivo, falando da reforma e dos impactos que ela traz para a sociedade catarinense. O apoio do setor produtivo é muito importante já que estamos tratando de uma Reforma tão desejada e tão necessária para a sustentabilidade, não só do regime de previdência, mas para que tenhamos mais recursos para serem investidos no Estado”, avalia o presidente do Iprev.

No encontro online, o presidente da Facisc, Sérgio Rodrigues Alves, agradeceu a presença do governador e disse que a necessidade da Reforma é para que Santa Catarina não se transforme em um mau exemplo no futuro. “O déficit da previdência está tirando recursos de outros setores que precisam de investimento”, ressaltou Alves, em apoio ao projeto do Executivo. Segundo a Facisc, mais de 200 pessoas integrantes das associações empresariais participaram do evento.