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Segurança | 04/08/2012 | 10:22

Empresas viram alvo de assaltantes

Especial de Amanda Tesman, do Jornal da Manhã

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Está virando costume. Quase todo início de mês, assaltantes tem investido contra empresas para roubar o dinheiro que seria destinado ao pagamento do salário dos funcionários. Nesta sexta-feira, mais duas empresas foram visitadas pelos bandidos. No primeiro caso, registrado em Forquilhinha, no bairro Santa Clara, por volta das 7h, os bandidos fugiram levando cerca de R$ 50 mil. Já no segundo os ladrões não tiveram a mesma sorte, pois a ação acabou sendo frustrada pelos funcionários do empreendimento. Dois jovens foram detidos.

O caso mais grave segue sendo investigado pela Polícia Civil de Forquilhinha, em conjunto com a Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Criciúma devido ao fato do carro utilizado no crime, um Golf Branco, ter sido roubado na madrugada de sexta-feira em Criciúma de um casal enquanto trafegavam pela rua Álvaro Catão. Os dois foram rendidos e abandonados logo em seguida. “Acreditamos que os assaltos tenham sido cometidos pelas mesmas pessoas. Se for identificado a autoria do assalto em Criciúma, descobrimos quem cometeu em Forquilhinha”, observa o delegado Márcio Neves.

O automóvel usado na ação já foi recuperado. A autoridade destaca que dentro do veículo foi encontrado um carregador de pistola 380. O assalto ao frigorífico de Forquilhinha contou com a participação de três homens encapuzados e armados. De acordo com a Polícia Militar, dois entraram e um ficou do lado de fora. O trio rendeu os funcionários e o proprietário da empresa, amarrando as mãos com braçadeiras de plástico. Toda a ação foi filmada pelo sistema interno de segurança da empresa. As imagens auxiliarão a Polícia Civil nas investigações.

O delegado observa que, neste tipo de assalto, na maioria dos casos, os bandidos agem, pois têm informações privilegiadas que, geralmente, vem de funcionários da própria empresa. “Sempre tem o envolvimento de alguém da própria empresa. Os trabalhadores têm informações a respeito do dia do pagamento, quanto gira de dinheiro dentro da empresa, quem é o responsável por realizar o pagamento”, enfatiza a autoridade.

Foram exatamente esses dados exclusivos que incentivaram um grupo de jovens a tentar roubar uma empresa de papelão, localizada no bairro Floresta, em Criciúma. De acordo com o soldado Edno Dutra, a ação foi articulada por W.C., de 19 anos, filho de uma funcionária do empreendimento. “A mãe dele é encarregada pela empresa. Ela comentou com sobre o pagamento e ele resolveu praticar o assalto”, comenta o policial militar, acrescentando que a genitora não teve participação no ato.

O jovem mora em frente à empresa e, por mensagens de celulares, avisou o comparsa dos movimentos da mãe e onde estaria o dinheiro que seria usado para pagar os funcionários. Um dos recados enviado aos comparsas dizia o seguinte: “a mãe saiu de carro agora, tem que ser jogo rápido. Pede a bolsa”. O delegado Danilo Bandeira conta que a mãe do rapaz não tinha conhecimento da intenção do filho e não teve participação nos fatos.

Porém, quando é identificado que o trabalhador contribuiu, de alguma forma, com o assalto, Neves destaca que ele responde pelo mesmo crime praticado, o que não foi o caso citado.

Durante a tentativa de execução do ato criminoso, um dos assaltantes, um adolescente de 16 anos, acabou sendo rendido pelos trabalhadores. O outro envolvido, que ainda não foi identificado, conseguiu fugir. Para deixar o local, ele chegou a efetuar disparos de arma de fogo. O menor foi conduzido pela Polícia Militar à Delegacia de Proteção a Mulher, Criança, Adolescente e ao Idoso. W. foi preso cerca de duas horas depois do crime. Ele foi abordado no momento que chegava em casa. O autor dos tiros não foi localizado. Contra o menor foi lavrado um Auto de Apreensão em flagrante (AAF) por tentativa de assalto e tentativa de homicídio. A decisão de internação no Centro de Atendimento Socioeducativo Provisório (Casep) fica a cargo do juiz. Já W. foi encaminhado ao presídio Santa Augusta por tentativa de assalto. Os garotos não tinham passagens policiais.

O delegado Márcio Neves alerta para que as empresas tomem mais cuidados na hora de lidar com dinheiro, principalmente quando envolve grande quantia. “Os empresários tem uma prática equivocada. O correto é movimentar o dinheiro diretamente no banco, depositando o dinheiro na conta do funcionário. Isso pode ser feito até mesmo pela internet, sem sair da empresa”, enfatiza. “Mas eles insistem nessa prática, de fazer o pagamento na empresa. Os funcionários sabem quando será o pagamento, o quanto gira dentro da empresa e acaba falando para um comparsa quem faz o pagamento, quem vai levar o dinheiro ao banco ou onde o dinheiro é guardado”, ressalta.

No início de junho, duas empresas diferentes foram alvo de bandidos. Em um dos casos, foram levados R$ 35 mil, que também seriam usados no pagamento dos salários. Em outro chegou a ter, inclusive, disparos de arma de fogo.


Outros destaques da edição 8556 do Jornal da Manhã:

» ECONOMIA: Tarifa de energia é reduzida para consumidores residenciais

» GERAL: Após aderir a greve, servidores do IFSC de Criciúma aguardam proposta