Estação da Mina 101 é arrombada

1 – Sobre o despacho do Desembargador Domingos Paludo, a respeito do pedido de reconsideração feito pela empresa da decisão do Tribunal de Justiça que negou o Alvará de Localização e Funcionamento da Mina 101: a Rio Deserto não concorda com as alegações do Desembargador, baseada nas provas científicas produzidas após análise de profissionais do Ministério Público Federal, da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Fatma) e do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), que afirmam que o secamento dos poços está diretamente ligado à estiagem na região e não tem relação alguma com a atividade mineradora. Nesse momento, a empresa encaminha o julgamento do agravo de instrumento pela Câmara do Tribunal de Justiça de Santa Catarina.

2 – Segundo a análise do departamento jurídico da empresa, por não possuir o alvará de funcionamento, a Mina 101 não pode operar, ou seja, extrair o carvão do subsolo, gerando uma atividade produtiva. A falta deste documento não tem relação com a finalização da estrutura que continua sendo realizada, pois a empresa possui licença de instalação. Da mesma forma, o bombeamento das águas continua sendo realizado, caso contrário o empreendimento seria inundado, causando riscos à segurança dos funcionários e à própria estrutura da mina.

3 – Na madrugada desta terça-feira, 17, a Estação de Tratamento de Efluentes da Mina 101 foi arrombada, cortaram a tela que dá acesso ao pátio da empresa, quebraram o cadeado e arrombaram a porta do laboratório da mina, onde estão os dados de monitoramento das águas. Nada foi levado. Por precaução, a empresa coletou amostras das águas que estão sendo tratadas, com receio de que tenham sido contaminadas, pois não vê motivos para um arrombamento sem roubo.

4 – Um dos poços profundos que supostamente estava secando por culpa das atividades da Mina 101, na realidade estava tendo problemas por causa da bomba que o proprietário, o senhor Sidnei Galvão instalou, o problema ocorreu porque a bomba estava queimada. Após essa constatação, a Rio Deserto instalou uma nova bomba na propriedade do senhor Sidnei Galvão e a água voltou a jorrar no poço.