Segurança | 05/10/2012 | 08:58
Exército simula guerra em competição
Especial de Amanda Tesman, do Jornal da Manhã
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A resistência dos militares de três Batalhões de Infantaria de Santa Catarina foi testada nesta semana. De terça-feira até esta sexta pela manhã, 120 homens de Florianópolis, Joinville e Blumenau participaram de uma competição do Exército Brasileiro, composta por oficinas que simularam situações de guerra. Durante a realização das atividades, eles foram privados do sono e descanso, tendo que cumprir diariamente uma série de provas.
Cada oficina, de acordo com o segundo tenente Hugo Cirolini, foi montada com o objetivo de recriar circunstâncias reais de combate. “A nossa intenção é o adestramento da tropa, que estará treinada para enfrentar qualquer situação”, comenta. A disputa foi desenvolvida em seis bairros diferentes de Criciúma: Primeira Linha, Jardim Paineiras, Morro Estevão, Segunda Linha, Terceira Linha e Sangão.
O deslocamento para cada oficina teve que ser feita a pé e pelo meio da mata, na qual enfrentaram diversos tipos de terrenos e mudanças climáticas: calor, frio e chuva. “Eles passaram por locais aos quais não estão acostumados e tiveram que se adaptar para viver nesses três dias”, sublinha Cirolini. Na quinta-feira à tarde, um dos três pelotões, composto por 40 homens cada, participaram da oficina de emboscada.
Na atividade, eles tiveram que se camuflar no meio do mato, criar armadilhas para o inimigo e esperar para o ataque. Tudo foi previamente programado em uma caixa de areia, quando definida a posição de cada um. Cada missão dura em média duas horas. Se o tempo for ultrapassado ou se o inimigo vencer, as equipes perdem ponto.
“Aqui a gente vem colocar em prática tudo o que é ensinado na teoria. A resistência física e psicológica é testada, pois com o sono e cansaço, o psicológico tende a ficar mais retraída. Os soldados têm correspondido à altura”, relata o combatente Gregório de Andrade Bandeira, de 30 anos.
“Foi muito bom e produtivo. A gente aprende muitas coisas de situação de guerra e combate urbano”, observa o soldado Filipe Honorati, de 19 anos. Ao todo foram desenvolvidas 15 oficinas, entre elas: transposição de curso da água, tiro diurno e noturno, emboscada, higiene e primeiros socorros, sobrevivência na mata e granada. O evento é promovido anualmente. Todas as atividades foram desenvolvidas pelo 28º Grupo de Artilharia de Campanha.
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