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Segurança | 28/07/2017 | 09:10

Família de Curitiba procura vítimas auxiliadas em acidente de 1999 em Içara

Especial do Jornal Gazeta

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Em setembro de 1999, um acidente na BR-101, em Içara, marcou a família Blomberg, de Curitiba (PR). Os pais e três filhos viajavam do local onde moram até a Região Carbonífera para aproveitar o feriado de Independência do Brasil (7 de setembro) e visitar familiares, quando se depararam com a grave ocorrência, na qual ajudaram a socorrer as vítimas. Passadas quase duas décadas, nunca houve o reencontro, mas eles têm o desejo de rever essas pessoas.

“Foi um acidente que marcou muito a minha família e a gente tem o sonho de conseguir rever eles, de saber como é que eles estão, como superaram aquela tragédia. Foi um fato realmente trágico e nunca nos esquecemos. Lembramos principalmente quando vamos para a região de Criciúma”, conta a mãe da família, Assunta Blomberg. Ela comenta que já está há anos tentando reencontrar esta família, mas nunca conseguiu.

“Já buscamos via Corpo de Bombeiros, IML (Instituto Médico Legal), hospitais, mas os dados nunca são liberados. Fizemos essas buscas inclusive pessoalmente, quando viajamos para a região, mas não conseguimos êxito. Nossa esperança é que agora, através dos meios de comunicação, isso seja possível”, expõe. Uma das dificuldades é que a família não se recorda do sobrenome das vítimas.

“Se a gente soubesse o sobrenome, era mais fácil, mas não lembramos. Sabemos que é um sobrenome bem diferente, difícil, porque foi dito lá na hora. Lembramos também que o filho mais velho era Fábio, a filha do meio era Aline, mas não conseguimos lembrar do nome dos outros”, relata a paranaense. Eles têm também a informação de que a família acidentada na época morava na região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e viajava para a capital catarinense, Florianópolis, para aproveitar o feriado de Independência do Brasil.

Segundo Assunta, um fato que chama a atenção é a coincidência entre as famílias. “No veículo em que estava a família que sofreu o acidente, havia o casal e três filhos, assim como no nosso caso, que era eu e o meu esposo e os nossos três filhos, onde naquela data estávamos todos viajando juntos. Esta é uma semelhança que marcou. Fomos os primeiros a prestar o socorro”, relata.

“Temos parentes em Içara, Forquilhinha e Meleiro. Embora eu more em Curitiba já há mais de 45 anos, costumo ir para esta região todos os anos visitá-los. Mas em 1999 foi algo diferente. Vivenciamos esta tragédia, que marcou a nossa vida. Agora queremos reencontrá-los. O meu sonho hoje é conseguir ver eles”, reforça. Assunta não consegue recordar com certeza se o acidente foi no dia 6 ou 7 de setembro, mas lembra que ocorreu no início da manhã, entre 8 e 9 h, já que pouco tempo antes eles haviam parado em Paulo Lopes para tomar o café da manhã.

A família Blomberg seguia na BR-101 no sentido Norte/Sul, enquanto vítimas do acidente faziam o sentido contrário. Na época, a rodovia federal não era duplicada. “Com a pista simples, não sei se o pai da família, que era o motorista daquele carro, dormiu ou o que aconteceu, mas o carro saiu da pista e veio para a outra pista. Foi quando bateu em uma árvore e capotou. A gente já chegou em seguida, junto com um caminhoneiro, e auxiliamos no resgate”, descreve.

Ela ainda lembra que o serviço de socorro demorou para chegar. Conforme seu relato, foi quase uma hora de espera. “Fizemos de tudo para ajudar a socorrer. Meu marido inclusive tentou arrancar a porta do carro, para tirar a família de dentro. Eles estavam todos ensanguentados. Teve um ‘cara’ que parou em seguida e levou uma das meninas para o hospital. Acabou sendo algo muito impactante”, diz Assunta.

Das cinco pessoas que estavam no veículo acidentado, duas acabaram falecendo na hora, o pai e a filha do meio. Os demais ocupantes, seja por quem passava ou por veículos de socorro, foram levados para o hospital ainda com vida. “Queremos saber como é que eles estão, porque não sabemos mais por onde procurar”, reafirma a matriarca da família Blomberg.