Segurança | 19/02/2013 | 09:53
Força Nacional permanece na região
Especial de João Zanini, do Jornal da Manhã
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O Estado de Santa Catarina já registra a maior onda de ataques desde o início da facção criminosa que simboliza a “rebelião” dos detentos inconformados com a forma de tratamento com eles pelo sistema prisional catarinense. Agindo desde 2010, mas com bem menor intensidade que atualmente, com ações as quais eram isoladas e ocorriam semestralmente, a facção iniciou um verdadeiro festival de atentados pelo Estado em novembro do ano passado. Na ocasião, iniciada no dia 13 daquele mês, 63 incidentes foram efetuados pelos membros do grupo.
Desta vez, desde o primeiro, em 30 de janeiro, já são 111 ataques que aconteceram até o fechamento desta edição. E não há previsão para que cessem. Desde sexta-feira, a Força Nacional de Segurança Pública está no Estado, designada pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e veio ao Sul escoltando sete detentos de alta periculosidade da Penitenciária Sul, em Criciúma, para Florianópolis, de onde partiram imediatamente para as penitenciárias federais de Porto Velho (RO) e Mossoró (RN). Entre eles estava “Rodrigo da Pedra”, comandante de um dos morros mais perigosos da capital do Estado.
Quarenta presos foram transferidos, a maioria da penitenciária da capital, São Pedro de Alcântara. Nesta última segunda-feira, dia 18, foi divulgada no Diário Oficial da União a portaria que autoriza o envio de tropas da Força Nacional de Segurança Pública para Santa Catarina. Segundo o documento, as equipes federais devem permanecer em território catarinense por 90 dias, prazo contado a partir desta segunda. Ainda conforme o texto, este período pode ser prorrogado, caso seja necessário.
Segundo o gerente interino da Penitenciária Sul, Paulo Damasceno, 34 membros da Força Nacional permanecem na unidade para guarnecer exclusivamente o local. “Eles ficarão por aqui e no Batalhão de Polícia Militar, mas não sei dizer o prazo certo. Tudo está normalizado, não houve quaisquer alterações, e ainda não fizemos pente-fino ou algo do tipo. Eles estão apenas cuidando da unidade”, conta.
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