Incendiários de viatura são condenados

Dois jovens detidos ao lançarem um coquetel molotov na Polícia Militar de Içara foram condenados e cumprirão pena em regime inicialmente semiaberto por mais de seis anos. O ataque a viatura da corporação resultou no enquadramento pela ocultação da placa da moto que utilizaram, além de tentativa de incêndio e corrupção de menor em março deste ano. O julgamento foi realizado nesta última quarta-feira, dia 24. Da decisão ainda cabe recurso.

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A empreitada criminosa foi registrada por volta da 1h do dia 29 de março com o uso de duas motos. De uma delas foi jogado então o artefato explosivo na Rua Rui Barbosa, no bairro Primeiro de Maio. Contudo, o ataque acabou frustrado. Uma segunda tentativa ainda chegou a ser realizada, novamente, sem sucesso. Toda a ação era acompanhada pelo sistema de câmeras e a resposta foi imediata. No local foi detido JCM, de 19 anos, além do condutor de 17 anos. Já o motorista do segundo veículo, LDRJ, de 21 anos, foi encontrado ainda na mesma madrugada em Barracão.

"A adulteração (ocultação da placa) foi motivada pela intenção dos réus em cometer o grave crime de incêndio, ao qual pretendiam praticar ao sair com as motocicletas. Os réus esconderam o sinal identificador da motocicleta para impedir que viessem a ser reconhecidos pela prática do referido crime", enaltece o juiz Fernando Dal Bó Martins. "O ato inseriu-se dentro de conhecida onda de ataques contra órgãos de segurança, demonstrando claro desprezo dos réus pelas instituições estatais e pela paz social", completa.

Por ter menos de 21 anos já na época, JCM foi beneficiado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. Ele pegou seis anos, três meses e 10 dias de reclusão. O comparsa LDRJ, por vez, pegou seis anos, seis meses e 20 dias. Ambos terão que pagar ainda 24 dias-multa no valor individual de 1/30 do salário mínimo. O adolescente, por vez, responde a um processo paralelo por ser atingido integralmente pelo ECA.