Segurança | 29/07/2013 | 07:16
Iniciada a greve da Polícia Civil
Especial de Amanda Tesman, do Jornal da Manhã
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Os serviços das Delegacias de Polícia, Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e Circunscrições de Trânsito (Ciretran e Citran) amanhecem paralisados nesta segunda-feira em virtude da greve da Polícia Civil de Santa Catarina. A suspensão das atividades foi aprovada no sábado em assembleias regionais realizadas em sete cidades do Estado, já que a proposta apresentada pelo Governo está aquém de atender aos anseios da categoria.
A greve foi confirmada por unanimidade pelos profissionais de Criciúma, Araranguá, Tubarão e Laguna, que se reuniram na Associação Empresarial de Criciúma (Acic). Após a votação, eles foram orientados como proceder durante a campanha de reajuste salarial.
Segundo o diretor de assuntos profissionais e de divulgação do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), Arilson Nazário, o atendimento em casos graves será mantido com 30% do efetivo, conforme prevê a legislação. Durante a greve, não serão emitidos boletins de ocorrência e documentos de trânsito. Os serviços relativos a fiscalização de jogos e diversões também serão suspensos.
Apenas flagrantes serão atendidos ou casos que impere o bom senso. “Não serão realizadas operações policiais para cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão domiciliar; somente em casos inadiáveis ou que coloque em risco a vida de pessoas”, frisa Nazário. De acordo com ele, as Delegacias de Proteção à Criança, Adolescente, à Mulher e ao Idoso devem atender normalmente os casos urgentes que requeiram medidas protetivas, como violência doméstica.
A classe luta para passar a receber em forma de subsídio. Segundo o sindicalista, o baixo salário afasta os policiais da instituição. Em seis anos, mais de 800 pessoas deixaram a corporação. A proposta apresentada pelo governo prevê a implementação do subsídio acrescido de gratificação de indenização de 15% com compactação em seis classes. A implementação é prevista em três parcelas, que começariam a ser pagas em agosto de 2014 e terminariam em dezembro de 2015.
“Até agora só nos foram apresentadas propostas salariais totalmente desproporcionais às nossas atividades, que são de caráter técnico-jurídico. Nossa situação salarial é calamitosa e a paciência acabou”, enaltece o presidente do Sinpol, Anderson Amorim. De acordo com ele, esta será a maior greve da categoria.